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Carne enviada para Rússia terá sistema antifraude

O produto levará uma marca d""água no certificado de sanidade do governo


A partir deste mês, toda a carne bovina brasileira exportada para a Rússia levará uma marca d""água no certificado de sanidade do governo, semelhante às cédulas de papel, informou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes. ""O objetivo é evitar as fraudes. A tendência é de que esse procedimento seja adotado também para exportações de carne para outros países"".

Indagado sobre a conclusão do relatório da União Européia (UE) a respeito de fraude e corrupção, que aponta as exportações brasileiras, especialmente de carne bovina, frango e açúcar, como responsáveis por uma perda de cerca de 20 bilhões em 2006, Pratini diz que o problema não é dos frigoríficos. ""A fraude ocorre no exterior. É difícil controlar o que fazem da nossa carne lá fora"".

A UE é a principal compradora da carne bovina brasileira, respondendo por 21% do total. Em 2006, as vendas para a Europa somaram US$ 1,5 bilhão. E um terço das exportações mundiais de carne é proveniente do Brasil. Esse é um dos fatores que, segundo Pratini, torna o produto alvo de falsificações. ""Isso é inevitável"". Mas ele acha positiva a iniciativa da UE de apurar os fatos.

""O Brasil não tem tradição de fraude no mercado internacional"", afirma o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Qualquer denúncia, no entanto, prejudica a imagem do País, porque a tendência é de generalizar as avaliações.

No caso da carne bovina, Castro diz que a boa imagem do produto brasileiro induz à falsificação. Quanto ao açúcar, a fraude é estimulada pelas barreiras tarifárias.

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