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Carnes acumulam crescimento de 108,42% em MT

Esta evolução foi puxada pela carne bovina, com receita de US$ 428 milhões


A boa notícia do ano e grande destaque da pauta mato-grossense é o complexo carnes (bovinas, suínas e aves), que no comparativo com o acumulado de 2005 e 2006 revela expansão na receita de 108,42%. As vendas externas somam até outubro US$ 486 milhões. “Um crescimento espetacular”, como aponta o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo. Esta evolução foi puxada pelos negócios com a carne bovina, que acumulam receita de US$ 428 milhões, alta 153% em cifras e de 113% em volume físico. “O sucesso da carne bovina nesta temporada se deve ao aumento de 19% nos preços em dólar no período de janeiro a outubro deste ano”, completa. A carne bovina continua representando 88% do total exportado pelo segundo complexo mais importante da pauta.

As vendas externas de carnes de aves registraram redução de 14% no faturamento e 19% no volume físico. Em comparação ao ano passado, este segmento registra recuo de 6% no preço médio do quilo vendido em dólar.

A carne suína manteve a redução dos meses anteriores, tanto em valor faturado quanto em preço e volume físico comercializado, conseqüência dos embargos externos, principalmente do mercado russo – o maior consumidor de carne suina – imposto por questões sanitárias por cerca de nove meses ao Estado. Mato Grosso é vizinho de Mato Grosso do Sul, que em outubro do ano passado teve casos de febre aftosa em bovinos. A proibição de comercializar foi suspensa a Mato Grosso no dia 10 de agosto, mas o mercado ainda não contabiliza os efeitos da retomada do mercado russo.

Levando em consideração o mesmo raciocínio para mensurar as perdas do complexo soja, a defasagem cambial impôs perda de receita às carnes de cerca de R$ 53 milhões, no últimos dez meses.

Madeira - Houve expressiva queda de 6% no valor exportado total bem como em todos os produtos considerados, exceto madeira compensada – com índices percentuais ainda maiores, mesmo registrando-se aumentos de preços internacionais. O desempenho reflete as dificuldades operacionais que a indústria madeireira vem enfrentando no Estado.

Importações - As importações acumuladas de apenas US$ 351 milhões até outubro contra US$ 371 milhões do ano passado mostram queda de 5% no período, confirmando que o setor agrícola do Estado vem comprando bem menos adubos e fertilizantes o item mais importante das importações estaduais, que registrou queda de 15% no período.

Além dos insumos agropecuários, o gás natural boliviano, outro item relevante de nossa pauta, registrou redução de 25% em relação as compras que foram realizadas de janeiro a outubro de 2006. Nesta mesma proporção está reduzida a participação da Bolívia no ranking dos principais vendedores ao Estado. A dupla queda é o reflexo do corte no fornecimento de gás natural à usina Termoelétrica de Cuiabá. A térmica foi desativada no final de agosto até meados de outubro.

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