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Carrefour apóia as medidas do Paraná contra soja transgênica


O governador do Paraná, Roberto Requião, recebeu manifestação de apoio do grupo francês Carrefour pelas medidas contra a soja transgênica no Estado. Gilles Desbrosse, diretor de produtos frescos da empresa, na França, disse ser este "o mesmo princípio da precaução" adotado pelo grupo. "Viemos felicitar o governador Requião pelas medidas tomadas e trazer o apoio comercial do Grupo Carrefour", afirmou.

O Carrefour desde 1999, disse o dirigente, encontrou no Paraná a garantia de comprar produtos livres de transgênicos. "O Grupo Carrefour tem um estudo com 60 milhões de consumidores que mostra que 80% dos entrevistados não querem consumir produtos que contenham organismos geneticamente modificados. Isso foi um indício de que estávamos no caminho certo", contou o diretor francês.

Para Desbrosse, ainda não estão claros se existem riscos nos produtos geneticamente modificados para a saúde e o meio ambiente. Ele ponderou que o produtor pode perder sua autonomia. A agricultura transgênica, para ele, seria uma grande fazenda: "trabalhando para uma multinacional americana, perdendo a soberania", disse o executivo, fato que "preocupou os franceses".

Selo Paraná:

Para Roberto Requião, governador do Estado, propôs ao Grupo Carrefour que seja criado um selo para certificar os produtos que contenham elementos comprados no Paraná. "Nós damos garantia de rastreabilidade e da ausência absoluta de transgênicos no produto", disse o governador.

Para o governador, a visita consolida relações comerciais já existentes e representa "a abertura para novos negócios". Segundo Olivier Kriegk, diretor científico da cooperativa Terrena, um dos principais fornecedores do Carrefour, "está bastante claro que o consumidor francês não quer se alimentar com produtos transgênicos", constatou.

Toda a soja usada pela cooperativa francesa Terrena é comprada exclusivamente no Paraná. "Pretendemos aumentar esse montante. A parceria com o Carrefour e o Estado do Paraná tem o objetivo de aumentar a importação de soja, que hoje é de cerca de 300 mil toneladas por ano", afirmou Hubert De La Hamelinaye, diretor de nutrição animal da Terrena. A soja e o farelo de soja paranaenses são usados para ração animal.

O secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, informou que nos próximos dias 12 e 13, uma missão austríaca virá ao Estado visitar propriedades e cooperativas interessadas em comprar produtos orgânicos ou livres de transgenia. "O mercado de produtos convencionais e orgânicos é crescente porque o mundo busca uma segurança alimentar", afirmou.

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