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CE: Projeção de quebra de safra é de 73,57%

Escassez de chuvas foi decisiva para um desempenho mínimo da colheita de grãos


Escassez de chuvas novamente foi decisiva para um desempenho mínimo da colheita de grãos no Estado

Com a má influência proporcionada pelo déficit pluviométrico de julho, o cenário agrícola cearense de grãos deverá sofrer perdas consideráveis em relação à projeção inicial de 2010.

No total, a safra de grãos deverá somar 363 toneladas, segundo a nova previsão do IBGE, um declínio de 53,68% em relação à produção obtida em 2009, e de 73,57% ante a estimativa inicial para o ano. Segundo Regina Feitosa, secretária do Gcea-CE (Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Ceará), "ao fim das colheitas, quando se apresentar a última estimativa da produção obtida, este resultado poderá decrescer ainda mais", adianta.

A quebra de safra mais preocupante é a do milho, produto com maior participação no grupo grãos, cuja produção estimada caiu de 912 mil toneladas para 185 mil toneladas, um decréscimo de 79%. Em relação a igual período do ano passado, a safra de milho no Ceará já está 65% menor. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Inicialmente, previa-se um rendimento de 1.199 quilos por hectare, mas a severidade da estiagem declina a projeção para apenas 346 quilos por hectare. Há ainda a preocupação com a qualidade dos grãos, que, segundo o estudo, deverá ser de baixo nível.

De acordo com Regina Feitosa, as baixas no milho ocorreram, entre outras regiões, no litoral de Camocim e Acaraú, na Ibiapaba, em Coreaú, Meruoca, Sobral, Ipu, Cascavel, Fortaleza e Pacajus.

Os produtores de feijão-de-corda também sofrem com a escassez de chuvas no Estado. Conforme a projeção do IBGE, o produto teve redução de 75% em relação à primeira estimativa, passando de 301 mil toneladas para 74 mil toneladas.

Frutas secas

O grupo de frutas secas teve números mais otimistas em relação ao dos grãos, mas ainda com perdas. Espera-se uma produção de 924 mil toneladas, manifestando queda de 3,84% em relação a junho e de 5,97% ante o primeiro prognóstico, efetuado em janeiro.

A acerola, que, conforme Regina, teve ganho de processo produtivo de 35 hectares em Maranguape, deverá ter um acréscimo ante a projeção de junho. O município de Guaiúba incluiu cinco hectares de graviola e poderá comemorar um avanço de 1,34% na produção final.

Já em tubérculos e raizes, a falta de precipitações no Interior causa danos maiores.

A mandioca deverá ter sua produção declinada em 19%: 809 mil toneladas contra 1 milhão de toneladas previstas em janeiro. "A mandioca é um produto plantado em um ano e colhido no ano subsequente, após 18 meses de plantio.

Apesar de ter chovido mais em 2009, o excesso de umidade em algumas áreas aliada à escassez pluviométrica em 2010 contribuiu para que a raiz tivesse um desenvolvimento menor.

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