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Ceasa/CE projeta incremento de até 7% nas vendas de hortifruti deste ano

Entre 2010 e 2011, o aumento foi de 4,5%, com destaque para comercialização de banana e milho


Entre 2010 e 2011, o aumento foi de 4,5%, com destaque para comercialização de banana e milho

Tendo apontado um crescimento de 4,5% (464 mil toneladas) entre 2010 e 2011 na comercialização de frutas e verduras, a Central de Abastecimento do Ceará S/A (Ceasa) espera aumentar este incremento em até 7% em 2012 - chegando a 496,48 mil toneladas - por conta da inauguração do novo galpão de cereais, de acordo com a afirmação do coordenador da unidade de Informação e Mercado Agrícola, Odálio Girão. Atualmente, o prédio encontra-se em construção e a previsão da presidência da Ceasa é de a entrega aconteça no fim deste mês ou março de 2012.

Sobre o balanço de vendas de hortifrútis do ano passado, o destaque foi para a banana. Somando 60,8 mil toneladas vendidas nos boxes da Central ao longo do último ano, o tipos prata e, principalmente, o pacovan fizeram da banana o produto mais comercializado em 2011 no Estado, de acordo com o levantamento.

Das 464,4 mil toneladas vendidas no período, 13% corresponderam à venda da fruta, a qual tem mais de 90% de sua produção originada no Ceará.

"A (banana) pacovan é basicamente de irrigação e o consumo dela está crescendo entre as classes A e B a partir da venda delas no supermercado também", explicou, Odálio.

Segundo ele, a uniformidade da casca dela - "sem pigmentação escura" - contribuiu também para a aceitação dos consumidores cearenses. A venda isolada do tipo pacovan cresceu 89,6% entre 2010 e 2011, quando passou de 15,9 mil toneladas em 2010 para 30,2 mil toneladas em 2011. Em contrapartida, o tipo prata da fruta enfrenta uma queda no consumo no mercado do Ceará. A mais pedida dos anos anteriores, registrou uma queda de 29,6%, passando de 43,3 mil toneladas para 30,5 mil toneladas. Segundo Odálio, a produção por pequenos agricultores também dificulta no desempenho do produto.

Ranking das frutas

Como a segunda mais vendida nos boxes da Ceasa, a laranja pera movimentou 54,1 mil toneladas em 2011, vindo 100% de fora do Ceará. Em seguida, ainda acima das 10 mil toneladas, estiveram melancia (22,5 mil toneladas), o mamão (21,7 mil toneladas), maçã nacional (18,2 mil toneladas) e abacaxi (16,6 mil toneladas).

Já no que diz respeito ao aumento das frutas entre 2010 e 2011, depois da banana pacovan, o produto que mais cresceu em chegada na Ceasa foi o mamão havai (43,7%), passando de 506,7 (2010) toneladas para 728,2 toneladas (2011). O terceiro e o quarto do comparativo foram, respectivamente, melão espanhol (23,7%) e abacaxi (17,4%). Entre os que diminuíram, o destaque foi - depois da banana prata - para o mamão formosa, o qual apontou uma retração de -18,6% nos últimos dois anos. "O que aconteceu foi que os produtores cearenses não se recuperou da praga de uns dois anos atrás e perdeu espaço no mercado", esclareceu o coordenador da Ceasa.

Irrigação

Considerando a técnica usada no cultivo das frutas, Odálio ainda contou que cerca de 35% a 40% dos hortifrútis produzidos no Estado vêm de plantações irrigadas. "Nós crescemos, mas temos muito mais para crescer", afirmou.

Hortaliças

Com um volume não tão suntuoso quando a banana, a batata inglesa foi a hortaliça mais comercializada na Ceasa nos últimos dois anos. As 39,8 mil toneladas, no entanto, representou apenas 15,7% de incremento no comparativo. O tomate foi o segundo nas vendas e a cebola pera, a terceira, com 29,5 mil toneladas e 28,5 mil toneladas, respectivamente. Registrando a maior alta e quase que totalmente produzido no Ceará, o milho teve 2,3 mil toneladas. Segundo o levantamento divulgado, foram 109,6% de incremento no produto entre 2010 e 2011.

"O milho agora vem mantendo um consumo constante. Originado de irrigação, a produção cearense ganhou espaço e tem mercado estável, por isso o crescimento", analisou Odálio, afirmando que alta oferta também abateu o preço. Em queda vertiginosa esteve o alho, o qual, segundo ele, sofre com a concorrência dos produtos vendidos no supermercado. Também sofrendo queda (de -13,8%), a beterraba ainda tem a produção abatida por conta de uma praga.

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