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Ceasa Minas recupera oferta após entressafra e crise nos transportes

No mês passado foram ofertados na unidade em torno de 151,6 mil toneladas de produtos de todos os setores


Em maio, a paralisação dos caminhoneiros e o período de entressafra de  importantes produtos impactaram de forma negativa e derrubaram a oferta e o faturamento da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com os dados divulgados pelo entreposto, no mês passado foram ofertados na unidade em torno de 151,6 mil toneladas de produtos de todos os setores. O volume representa um recuo de 15,7% em relação a maio de 2017 e de 6,5% em comparação com abril. Ao todo, foram movimentados R$ 332 milhões, queda de 17,9% frente ao valor registrado em igual mês do ano anterior.

De acordo com o chefe da Seção de Informação de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins, a queda registrada na oferta e no faturamento estimado foi causada pela greve dos caminhoneiros e pela entrada de produtos no período de entressafra. “A paralisação dos caminhoneiros teve um impacto grande na oferta de produtos, em maio. O principal impacto foi verificado no grupo de frutas e hortaliças, que são perecíveis e respondem pela maior parte da oferta da Ceasa Minas. Além da dificuldade de transporte, o receio dos produtores em carregar os caminhões e ficarem presos nas rodovias também interferiu, contribuindo para um maior desabastecimento. A menor oferta também foi provocada pela entrada de importantes produtos na entressafra, como a cebola e o limão, por exemplo”, explicou Martins.

Martins explica que, em maio, os preços médios praticados também ficaram menores. Com a paralisação dos caminhoneiros e a falta de produtos, a movimentação de compradores foi prejudicada, o que impactou de forma negativa. O preço médio do quilo praticado em maio foi de R$ 2,19, queda de 2,7% frente a maio de 2017 e de 1,4% em relação a abril. “Em maio, o valor médio do quilo recuou, mas no início de junho, com a regularização da oferta e a demanda elevada, foi verificada alta nos valores. Mas atualmente, a situação já está normalizada”, disse.

Segundo o levantamento da Ceasa Minas, em maio, a oferta de produtos do grupo de hortigranjeiros somou 112,1 mil toneladas, o que representou uma retração de 8,6% frente a maio do ano passado e de 9,1% quando comparado com abril. O grupo tem a maior participação na composição da oferta da Ceasa Minas, respondendo por 74%.

O preço médio do quilo de produtos do grupo de hortigranjeiros foi de R$ 1,95, aumento de 3,2% quando comparado com maio de 2017 e 2,5% menor que o praticado em maio. Dentre os itens que compõem o grupo de hortigranjeiro, a oferta de hortaliças recuou 7,5% e encerrou maio com um volume de 59,6 mil toneladas. Em relação a abril, a queda ficou em 5,9%.

Na comparação anual, os produtos que apresentaram a maior alta nos preços foram a cebola (113%), a moranga (111,1%),a beterraba (107,6%), o repolho híbrido (80,6%), o repolho roxo (75,9%), quiabo (39,7%), brócolis (18,2%) e couve-flor (16%). Além da greve dos caminhoneiros, que paralisou a entrega dos produtos por quase uma semana, a entressafra de alguns itens, como a cebola, contribuíram para a elevação dos valores.

No segmento de frutas, a queda na oferta, na comparação anual, foi de 10,9%, com a disponibilização de 46,9 mil toneladas. Quando comparado com abril, o volume ficou 12,9% inferior. Em maio, o maior reajuste nos preços foi verificado no mamão haway (88,5%), limão tahiti (R$ 74,1%), mamão formoso (55,1%) e melancia, com alta de 71,8%. A oferta de ovos caiu 0,9% na comparação com maio de 2017 e 8% frente a abril.

Cereais e industrializados

Em maio, foram disponibilizadas 3,7 mil toneladas de cereais na Ceasa Minas, volume 27,5% inferior na comparação com maio de 2017 e 5% menor na comparação mensal. O preço médio recuou 14,7% frente a maio anterior e aumentou 4,2% na comparação mensal.

Em relação a maio do ano anterior, a queda observada na oferta de industrializados foi de 31,2%, encerrando o mês em 35,7 mil toneladas. Já em relação a abril houve um aumento de 2,2%. O preço médio do quilo, R$ 2,99, ficou 3,5% menor em relação a igual mês do ano passado e 1% inferior ao praticado em abril.

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