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Celulite no frango pode causar perdas milionárias

Lesões de celulite aviária causam perdas econômicas aos abatedouros brasileiros


Foto: Divulgação/Seapdr

Pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDPA/Seapdr) e da Embrapa Suínos e Aves divulgaram, por meio de um artigo técnico na revista Avicultura Industrial, os principais fatores de risco envolvidos na ocorrência da celulite em frangos de corte. Só as condenações dessas espécies nos abatedouros ultrapassam os 10 milhões de dólares, causando prejuízos econômicos à avicultura brasileira Estima-se que as perdas diretas e indiretas ultrapassem em oito vezes esse valor. Esse prejuízo à cadeia produtiva brasileira foi o que motivou os pesquisadores a determinarem os principais fatores de risco que promovem essa doença nas aves e proporem soluções para mitigar o problema aos produtores e técnicos do setor.  

Conforme um dos pesquisadores responsáveis pelo artigo, o médico veterinário e doutor em Microbiologia, Benito Guimarães de Brito, o estudo relatou que a Escherichia coli é a bactéria geralmente envolvida nessa doença e que determinados clones dessa bactéria têm maior capacidade de promover a lesão nos frangos. “Por isso, medidas que reduzam a ocorrência dessa bactéria são de extrema importância para o controle da doença nas criações”, explica.

Brito conta que algumas das medidas de biosseguridade sugeridas pelos pesquisadores para mitigar a celulite nos frangos são: uso de desinfetantes na lavagem dos aviários, utilização de arco de desinfecção na entrada dos caminhões nas propriedades, evitar a reutilização de cama para os frangos, aumentar o período de intervalo entre os lotes, colocar os silos de rações dentro do aviário, ter uma quantidade de bebedouros e comedouros para os frangos durante toda a criação, e abater as aves com menor idade.

Sobre a celulite

A celulite em frangos foi relatada pela primeira vez em 1984 na Inglaterra. É um processo infeccioso, inflamatório purulento, que, através de bactérias, invade o tecido subcutâneo devido ao rompimento da integridade da pele (cortes, arranhões ou outras abrasões). A celulite forma placas fibrino-caseosas que, às vezes, se estendem até os músculos, principalmente na região abdominal e pernas. Ela também se relaciona à contaminação por Escherichia coli, entre outros microrganismos que são considerados agentes etiológicos da celulite. Os fatores que afetam a ocorrência da celulite incluem injúrias e imunossupressão por causas nutricionais e ou infecciosa.

As lesões associam-se etiologicamente à ocorrência de arranhões na extensão da cobertura de penas proveniente de práticas de manejo inadequadas. “E são portas para que bactérias entrem no organismo da ave através de um ferimento de pele”, esclarece Brito.

As informações são da Seadpr*

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