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Centro-sul: Moagem de cana ganha fôlego

O mercado oferece mais estímulos à produção do etanol


A consultoria INTL FCStone aumentou a sua expectativa de moagem de cana-de-açúcar em 9 milhões de toneladas, para 568,6 milhões de toneladas devido chuvas que atingiram os canaviais do Centro-Sul entre fevereiro e março. O volume é 0,3% abaixo de 2018/2019, devido ao envelhecimento dos canaviais e à redução na área disponível para colheita. 

Em relação ao destino dessa cana, a INTL FCStone informou que o mercado oferece mais estímulos à produção do etanol, amparado pelo aumento do preço da gasolina, que subiu mais de 20% desde o início do ano. Fato este que acabou por aumentar a competitividade e a necessidade de mais biocombustíveis. 

Sendo assim, a avaliação acabou por reduzir sua projeção de mix açucareiro em 1,3 ponto percentual, para 39,7%, o que representa uma queda de pouco mais de 750 mil toneladas, para 29,5 milhões de toneladas. Este patamar, entretanto, ainda deve ser superior à safra passada em 11,4%, em grande parte devido aos preços muito baixos do açúcar registrado durante a safra passada, em meio a cenário de forte superávit neste mercado, que não deve se repetir este ano. 

“Vale destacar que as decisões de produção das usinas ainda podem ser alteradas ao longo do próximo ciclo. As variações nos preços tanto do açúcar como dos combustíveis nos próximos meses devem ter influência significativa sobre o mix produtivo”, pondera o analista de mercado, João Paulo Botelho. 

A produção de etanol de cana deve ser dividida em 17,6 bilhões de litros de hidratado e 10,0 bilhões de litros de anidro, o que representa um recuo de 16,7% e um avanço de 12,6%, respectivamente. 

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