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Cerealistas de Dourados (MS) evitam falar da suspensão de regime

Diretores de cerealistas evitaram comentar a suspensão do regime especial para o pagamento do ICMS


Diretores de cerealistas em Dourados (MS), ouvidos pelo Correio do Estado, evitaram comentar nessa quarta-feira (10-01) a decisão do governador André Puccinelli de suspender o regime especial para o pagamento do ICMS, afetando diretamente essas empresas que comercializam commodities agrícolas. Pela medida, o ICMS deverá ser pago à vista.

"Essa medida foi ruim para todo mundo. Para nós ainda mais porque temos que pagar o imposto antecipadamente. Isso afetará o fluxo de caixa", explicou um empresário do setor de compra e venda de cereais, que preferiu não falar abertamente do problema.

Nas multinacionais, que detêm a maior parte da comercialização da soja em MS, ninguém estava autorizado a abordar o caso.

Mas o diretor de uma corretora de cereais, Amarildo Palma também acredita que a medida "vai ser um tiro no pé do Governo", já que a suspensão do regime especial e do crédito presumido na comercialização de grãos pelas cooperativas e das cerealistas "não vai refletir no aumento da arrecadação do imposto".

Queda

Palma avalia que os negócios tenderão a cair em termos de volume vendido, apesar de o mercado interno ter previsão de bons negócios com o aumento de demanda pelo milho nos Estados Unidos – por causa do álcool, e da procura pelas oleaginosas em geral, especialmente a soja.

Comparou que pela Lei Kandir, o Estado somente vai receber o seu crédito de compensação do ICMS dentro de um ano, ficando com 50% do total. "Com o regime especial a cerealista tinha, uma semana... 15 dias para pagar o imposto, o que acho bastante uma receita de curtíssimo prazo", frisou o corretor.

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