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Chance de El Niño aparecer é de 35%

O padrão climático El Niño tem poucas chances de aparecer em julho, de acordo com instituto de pesquisa


O padrão climático El Niño, que ameaça causar seca na Ásia e inundações na América do Sul, tem poucas chances de aparecer em julho, de acordo com o Instituto de Pesquisa Internacional sobre Previsão Climática. O instituto está localizado dentro do campus da Universidade de Columbia, em Nova York.

A probabilidade de ocorrência do El Niño é de apenas 35%. As chances de um padrão neutro é de 65% nos próximos três meses, até 31 de julho. As chances de que o El Niño seja neutro em agosto é de 50%.

Foram analisados 20 modelos de computador para determinar qual seria o desenvolvimento da situação climática.

Oito dos 20 modelos indicaram que o El Niño se desenvolverá neste inverno. Ele geralmente aparece entre abril e junho e atinge sua força máxima de dezembro a fevereiro.

Australianos discordam:

Para a Poama, a Agência de Meteorologia Australiana, ligada ao governo, a probabilidade do El Niño retornar até julho é de 85,4%. A probabilidade sobe para 95,7% em agosto e 100% em setembro, informou a agência em Melbourne.

O modelo Poama é um dos 12 modelos computadorizados internacionais que antecipam as desordens climáticas provocadas pelo El Niño. O retorno do El Niño, que surge primeiro na Austrália e leva meses para se desenvolver, pode agravar as secas que queimaram os cafeeiros no Vietnã, os campos de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia e as plantações de soja no Brasil. "O Poama é só um modelo", disse Grant Beard, climatologista do departamento Centro Climático Nacional, da agência, em Melbourne. "Com base em um modelo, não se pode dizer que teremos o El Niño. Temos de ser mais cautelosos", disse Beard. A estimativa oficial da agência do risco de ocorrer o El Niño neste ano é de entre 30% e 50%, informou a agência na nota. "O risco está perto do dobro do que normalmente se espera nesta época do ano".

O padrão climático é alimentado pelo aumento das temperaturas do oceano Pacífico acompanhado pela queda na pressão barométrica que desvia as águas quentes para o leste, movendo nuvens e umidade para as Américas e reduzindo a precipitação de chuvas na Ásia e na Austrália. Ventos procedentes do oeste devem aquecer as temperaturas abaixo da superfície no Pacífico para mais de 0.8 graus Celsius acima da média, elevando o risco de emergir o El Niño.

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