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Chapecó se prepara para o maior evento da cadeia produtiva de leite de SC

Mercoláctea Milk Fair oportunizará negócios da ordem de 85 milhões de reais


Considerado o maior evento da cadeia produtiva do leite em Santa Catarina, a terceira edição da Mercoláctea Milk Fair está confirmada para o período de 11 a 14 de maio de 2011, no parque de exposições Tancredo Neves, em Chapecó. A feira oportunizará negócios da ordem de 85 milhões de reais e atrairá um público entre 10 e 15 mil visitantes-compradores.

Nesta entrevista o coordenador da Comissão Organizadora, Ricardo Lunardi, fala sobre os preparativos e novidades para o evento deste ano, avalia o cenário da produção de leite catarinense e as perspectivas para o setor.

Quais são os objetivos mercadológicos e científicos da Mercoláctea 2011?
Ricardo Lunardi – Os objetivos mercadológicos do evento são possibilitar a comercialização de produtos e equipamentos com tecnologia avançada e os científicos são demonstrar os avanços na área de produção animal, de industrialização e da produção do leite em si.

Em que fase estão os preparativos para a Mercoláctea 2011?
Lunardi – Estamos com um bom andamento nos preparativos, focando neste momento a venda de espaços para empresas que demonstrem qualidade para o setor e no desenvolvimento dos fóruns para que os mesmos cumpram os objetivos.

Quantos expositores participarão da Mercoláctea? Podemos falar em confirmações? Alguma novidade em termos de expositores para este ano?
Lunardi – A meta é que participem cerca de 100 expositores que atendam a demanda da cadeia produtiva leiteira. Buscamos neste ano, empresas solicitadas pelos interessados
no mundo do leite. Já possuímos um número de expositores que consolida a Mercoláctea 2011, dentre eles grandes nomes que certamente agradarão o público presente.

Qual é a previsão de visitantes e negócios que a feira proporcionará?
Lunardi – Temos a previsão de 10 a 15 mil visitantes, proporcionando que sejam gerados e prospectados negócios na ordem de 85 milhões de reais.

Em termos de novas tecnologias e tendências de mercado, o que o visitante poderá observar?
Lunardi – Em termos de novas tecnologias, teremos a demonstração, através dos expositores, do que há de última geração de equipamentos para produção animal, produção e industrialização do leite. E em tendências do mercado, o visitante poderá participar dos fóruns que tratarão sobre o mercado do leite e ficarão demonstrados quais são os critérios e, como hoje, é formado o preço do leite, a situação atual e mercado futuro.

Qual é a programação dos EVENTOS PARALELOS da Mercoláctea 2011?
Lunardi – As duas primeiras edições da Mercoláctea contemplaram a exposição de máquinas e equipamentos para agregação de valor ao leite e derivados e obteve pleno êxito. Juntamente com o sucesso do showroom – exposição de indústrias lácteas, serão incrementados outros dois eventos paralelos. A exposição e julgamento de animais (bovinos e ovinos) com o objetivo de trazer difusão de melhoramento genético e os fóruns: um discutirá a qualidade do leite, implantação da qualidade do leite na região sul e o outro discutirá o mercado do leite.

Quais são as instituições envolvidas com a Mercoláctea?
Lunardi – A Mercoláctea é organizada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Agência T12 e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), com apoio da Prefeitura Municipal de Chapecó, Governo de SC, Ministério da Agricultura, Secretaria de Agricultura do Estado de SC, Secretaria da Agricultura de Chapecó, Senar, Fetaesc, Ocesc, Fecoagro, Fiesc, Sindicato Rural, Núcleo de Criadores de Bovinos, Associação Brasileira de Criadores de Ovinocultores Leiteiros (ABCOL), Epagri, Sebrae e Senai.

Como devem proceder os interessados em expor ou visitar a feira?
Lunardi – Os visitantes podem realizar a inscrição através do site ou solicitar para a C.C.O., como também para as empresas e entidades participantes a ficha de inscrição impressa e apresentá-la no dia de visitação. Qualquer interessado em expor na Mercoláctea pode solicitar informações através do site: www.mercolactea.com.br, pelo telefone 49 3322 2292 ou pelo e-mail [email protected]. Os expositores de animais devem entrar em contato com os núcleos de criadores de Chapecó e região.

Como está, nesse momento, o cenário da atividade leiteira catarinense?
Lunardi –A atividade leiteira no estado de SC está em crescimento, principalmente no oeste catarinense que responde por 70% da produção do estado. Não existe uma política adequada para o setor na formação de preço. Apesar de todo o trabalho feito pelo Conseleite com a participação da Faesc e Sindileite ainda se percebe grande instabilidade no preço do leite, gerando insegurança para toda cadeia.

O que distingue o segmento de lácteos de SC em relação ao resto do país?
Lunardi – Assim como a região noroeste do rio grande do sul e região sudoeste do Paraná, SC tem como diferencial do restante do país o clima, que permite a produção de alimentos de inverno e de verão gerando maior estabilidade na produção. O modelo fundiário que verticaliza a produção, também contribui para a estabilidade. Outra coisa que distingue nossa região do restante do país é que o nosso produtor rural está acostumado a absorver novas tecnologias. Ele foi educado para isso através da escola que obteve na produção de suínos e aves. Esses fatores nos levam a ter estabilidade na produção e facilidade para implantar qualidade.

Em 2007 foi oficializado o Conseleite, um conselho paritário constituído de oito representantes de laticínios e oito representantes de produtores de leite. Quais os avanços que puderam ser percebidos no setor com a atuação do Conseleite?
Lunardi – O principal avanço obtido através do Conseleite é que mensalmente nós sabemos qual é capacidade de pagamento da indústria em função do mercado. Assim, como, trimestralmente nós sabemos qual o custo de produção para o produtor de leite. Com esses dados levantados cientificamente, temos a possibilidade de fazer a avaliação e discutir uma política de formação de preço adequada para o setor.

A importação de leite tem gerado problemas a produção nacional e catarinense. Qual sua avaliação sobre esse assunto?
Lunardi – Como é irreversível a possibilidade de não entrar leite de outros países no Brasil, temos que criar políticas de incentivo fiscal, para resistir no momento em que entrem produtos do exterior puxando o preço para baixo do custo de produção do nosso produto. Também é necessário que se repasse o incentivo dado à indústria ao produtor, possibilitando que se mantenha um preço mínimo que cubra o custo de produção, viabilizando a atividade no país e no Estado.

Existem muitos projetos de implantação/construção de laticínios em execução no Estado de SC. Haverá matéria-prima suficiente para alimentar todas esses laticínios?
Lunardi – Justamente com a preocupação de que se tenha sustentabilidade esta atividade implantada aqui na região está gerando expectativa e dependência social e econômica. Estamos propondo a discussão de temas como mercado e qualidade do leite na Mercoláctea.

As informações são da assessoria de imprensa do evento.

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