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Charuto produzido na Bahia avança para conquistar reconhecimento de origem

O termo foi assinado pelo secretário da Agricultura, Vitor Bonfim


O termo foi assinado pelo secretário da Agricultura, Vitor Bonfim

O Termo de Delimitação Geográfica Brasil-Bahia, reconhecendo o Recôncavo baiano como local com características exclusivas para produção de tabaco, destinado à fabricação de charutos de qualidade, sabor, aroma e coloração diferenciados, foi assinado nesta semana. Essa lavoura fumageira é responsável pela geração de milhares de empregos e renda no Estado, notadamente na região do Recôncavo, englobando 23 municípios, numa história de mais de 450 anos de plantio de tabaco. De acordo com o Sindicato da Indústria de Tabaco do Estado da Bahia - SINDITABACO, a rentabilidade de uma safra de tabaco para cada família produtora na região é em média R$10 mil, com casos de produtores que já alcançaram renda líquida de R$ 30 mil, em momento de ápice. A Bahia foi a primeira região do mundo a cultivar o tabaco.

O termo foi assinado pelo secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, que confirmou sua ida à região, no início de fevereiro do ano que vem, para conhecer a produção de tabaco de perto, e se reunir com representantes do segmento. O secretário ressaltou que a assinatura do Termo de Delimitação Geográfica é uma das últimas etapas necessárias para que o charuto baiano conquiste o registro de Indicação Geográfica (IG) de Denominação de Origem (DO). O registro é como um selo de certificação que protege a originalidade de um produto de determinada localidade, que possui características de solo, clima, culturais e históricas, o tornando único e pertencente apenas àquela região.

“Com a Denominação de Origem, os mercados interno e externo vão valorizar ainda mais o nosso produto, garantindo emprego e renda para as mais de 1.800 famílias envolvidas em toda cadeia produtiva.  A fabricação de charuto é fonte de riqueza na Bahia, e a Secretaria da Agricultura vai fazer o possível para ajudar na conquista do registro, que será um avanço na indústria como um todo”, salientou Bonfim.

Um dos entraves encontrados pelas indústrias exportadoras de charuto da Bahia é a concorrência com os produtos importados em relação aos preços, já que os impostos pagos na exportação encarecem o produto final. “O nosso tabaco é bom porque chove no momento certo e o solo tem condições diferenciadas. O intuito é aumentar a exportação do produto acabado, e para isso precisamos da parceria com o governo, como acontece em Cuba. O governo baiano tem demonstrado um olhar especial para o setor do tabaco, e o governador Rui Costa leva o nosso charuto em missões para o exterior, no kit de produtos do nosso Estado”, revelou o Diretor Executivo do SINDITABACO, Marcos Souza.

Também participaram da assinatura a presidente do SINDITABACO, Ana Cláudia Mercês; o gerente administrativo da empresa de beneficiamento de tabaco e exportação (Fumex), Alessandro Teixeira; o secretário executivo da Câmara Setorial do Charuto, Carlos Daniel Schmidt, além de membros da Seagri e Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

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