Chicago: Dólar forte tira competitividade
“O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 3,50 cents (0,39%) e fechou em US$ 8,8325 por bushel"
O fortalecimento do dólar no mercado internacional acabou fazendo com que os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fechassem em baixa nesta segunda-feira (12.11). De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, as commodities norte-americanas estão menos atraentes para compradores estrangeiros.
“O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 3,50 cents (0,39%) e fechou em US$ 8,8325 por bushel. A perspectiva de exportações mais fracas dos EUA e de amplos estoques domésticos também pesou sobre os contratos. Na semana passada, em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura do país (USDA) reduziu sua estimativa para os embarques norte-americanos de 56,06 milhões para 51,71 milhões de toneladas”, informa.
Com isso, analistas da Ag Watch Market Advisors indicam que a projeção de estoques domésticos foi elevada para 26 milhões de toneladas, de 24,09 milhões de toneladas no mês passado. As exportações dos EUA vêm diminuindo desde julho, quando a China impôs uma tarifa retaliatória de 25% sobre o grão norte-americano. "A previsão é de uma montanha de soja, a menos que a natureza coloque um feitiço no clima da América do Sul", dizem.
Nesse cenário, os Traders estão aguardando o relatório semanal de acompanhamento de safra do USDA, que foi adiado para a terça-feira por causa do feriado do dia dos veteranos de guerra nos EUA. O relatório divulgado na segunda-feira passada mostrou que a colheita de soja estava atrasada em relação aos últimos anos.
“O dólar avançou 0,55%, a 3,7567 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,7632 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,60%. O feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos encolheu a liquidez local, com muitos investidores fora do mercado mesmo com as bolsas norte-americanas funcionando nesta sessão”, conclui.