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China aposta no etanol para reduzir dependência do petróleo

O vice-primeiro-ministro defendeu o aumento da mistura de etanol e gasolina


A China quer promover, em todo o país, a utilização de combustíveis à base de mistura de etanol com gasolina para tentar reduzir a dependência do petróleo, disse nesta terça-feira (21-11) a agência de notícias oficial chinesa Nova China.

Em uma reunião do conselho de ministros da China sobre a utilização de energias renováveis, o vice-primeiro-ministro Zeng Peiyan defendeu o aumento da mistura de etanol e gasolina na estrutura energética chinesa, segundo Nova China.

A mistura contém 90% de gasolina e 10% de etanol, que pode ser sintetizado em grande escala pela fermentação de açúcar ou amido de milho.

Neste sentido, o Brasil, maior produtor e exportador mundial do álcool, quer vender etanol para o mercado chinês, mantendo assim a vantagem que tem nas trocas comerciais com o gigante asiático e que se apóia basicamente nas exportações de soja e de minério de ferro.

O comércio bilateral atingiu R$ 32 bilhões de dólares em 2005, quando o Brasil exportou R$ 21,6 bilhões e importou R$ 10,4 bilhões, segundo números do Departamento de Alfândegas chinês.

Energias alternativas

Segundo a Nova China, Zeng afirmou ainda que governo elevará a proporção de energias alternativas no consumo total de energia, incentivando projetos de carvão líquido, biodiesel, gás metano, energia solar e eólica e energia hidroelétrica.

Os apoios governamentais às energias renováveis serão distribuídos através de benefícios fiscais e subsídios, disse o vice-primeiro ministro, citado pela Nova China.

Pequim definiu como objetivo político reduzir em 20% o consumo energético chinês e as emissões de gases de efeito estufa em 10% nos próximos cinco anos.

A China é, atualmente, o segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa, resultantes principalmente da produção energética.

As previsões apontam para um crescimento das emissões chinesas na ordem dos 17,8% até 2025, devido em grande parte ao ritmo de entrada em funcionamento de novas centrais energética a carvão - uma por semana.

O país tem também 16 das 20 cidades mais poluídas no mundo, e os níveis de poluição atmosférica excedem os limites da Organização Mundial de Saúde em 70% das cidades chinesas. O carvão e o petróleo asseguram cerca de 90% das necessidades energéticas chinesas.

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