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China está comprando soja brasileira

Ao contrário de anos anteriores, quando demanda terminava em agosto



As cotações da soja no interior do país e nos portos subiram entre 1,54% e 3,4% nesta quinta-feira (30.11), impulsionadas pelo avanço do Dólar norte-americano, que avançou 1% frente ao Real. “O outro 1% foi devido à boa demanda da China, que continua comprando do Brasil neste semestre, ao contrário dos anos anteriores, quando os embarques costumavam terminar em agosto e que impulsionou os prêmios no dia anterior”, informa a Consultoria Trigo & Farinhas. 

De acordo com o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, estas oportunidades são pontuais e ocorrem durante o dia, de modo que é preciso ficar atento para serem aproveitadas: “E também não é garantia de que esta tendência continuará a subir, uma vez que a maior parte dos analistas brasileiros acredita que a área plantada no Brasil será maior do que a do ano passado”.

Ainda outro fator que pode acrescentar pressão, de acordo com as previsões climáticas, é que as chuvas recentes poderão melhorar a produtividade. “Em que pese que não atinja os mesmos níveis do ano passado, que foi uma safra excepcional, mas as estimativas são de elevação em relação às iniciativas iniciais desta safra”, afirma Pacheco. 

“Com isto, é possível esperar uma safra maior para 2017/18. Problemas com La Niña poderão nem existir, segundo um meteorologista que afirmou que ‘não há mais tempo hábil para este fenômeno se formar’, o que garante uma boa produção brasileira. A expectativa é de uma produção ao redor de 114 milhões de toneladas, repetindo o recorde do ano passado”, diz o especialista.

“O avanço do plantio da soja no Brasil deve estar um pouco além dos 86% revelados no início da semana. Por outro lado, saiu nesta semana a obrigação de elevar para 10% o uso de biocombustíveis (a maior parte feito com soja, no Brasil), a partir de março de 2018, o que será um poderoso fator de alta a partir desta data”, conclui a T&F.
 

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