China inaugura primeiro centro de cultivo espacial
O centro pretende enviar sementes de 20 espécies de árvores ao espaço em breve e selecionar mutações para cultivá-las.
A China inaugurou o primeiro centro de cultivo espacial no mundo em sua província de Shaanxi na tentativa de combater a expansão do deserto de Gobi. De acordo com o South China Morning Post, o centro de pesquisas irá criar um banco de sementes, aquelas que tiveram maior sucesso quando cultivadas no espaço e conseguem resistir ao clima seco.
Um dos patrocinadores é o Grupo de Biotecnologia Espacial (SBG) subordinado à Academia de Tecnologia Espacial da China (CAST), que seria o equivalente chinês da agência espacial norte-americana NASA. O outro é a empresa Yangling Seeds, cujo diretor, Guo Rui, disse à imprensa local que "a criação espacial pode acelerar o cultivo de sementes de alta qualidade, reduzindo o tempo de oito para quatro anos".
O centro pretende enviar sementes de 20 espécies de árvores ao espaço em breve e selecionar mutações para cultivá-las. Segundo a publicação. Esta é uma batalha antiga contra a desertificação na China. A solução, seria o plantio de uma "grande muralha verde" que vem sendo planejada desde os anos 70 e vai continuar até 2050, segundo estimativas do governo chinês.
Essa parede verde seria uma extensão projetada de árvores que se estenderia de Ningxia (noroeste da China) até Liaoning (nordeste da China) e procura impedir a expansão do deserto de Gobi. A tecnologia do cultivo do espaço envolve transportar as sementes para o espaço e depois cultivá-las na Terra, conseguindo durante essa permanência no espaço que elas se acostumem a condições extremas, como alta radiação.
A China iniciou o uso do cultivo espacial 30 anos atrás e enviou mais de 6.000 sementes para o espaço, cultivando com sucesso um total de 230 espécies, incluindo frutas e flores.
