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China pode ter que cortar importações de soja até fevereiro - Oil World

O momento e o volume das exportações de soja dos EUA para a China serão fatores determinantes para o preço


HAMBURGO (Reuters) - A China pode ter que reduzir suas imensas importações de soja até fevereiro de 2013 devido a estoques apertados e uma contínua tendência de grandes compras do gigante asiático poderia elevar novamente os preços cotados em Chicago, afirmou a consultoria Oil World nessa terça-feira (23).


"As exportações mundiais de soja sofrerão uma queda sem precedentes em setembro de 2012/fevereiro de 2013", disse a consultoria. "No momento, nós prevemos exportações de 38 milhões de toneladas, uma mínima de quatro anos, com impressionantes 4,8 milhões de toneladas a menos em comparação com o ano anterior."


Os futuros da soja atingiram uma máxima recorde em 4 de setembro, após uma forte seca atingir as lavouras dos EUA, após uma fraca colheita do grão na América do Sul no início do ano.

Os preços da soja recuaram do pico atingido, mas o mundo enfrenta um cenário de pouca oferta até que as novas safras do Brasil e da Argentina entrem no mercado global em meados de março de 2013.

"Isso vai exigir um racionamento da demanda, em especial da China, maior importador mundial de grãos de soja", afirmou a Oil World.

No entanto, as importações chinesas em setembro de 2012 ainda estavam subindo, a 5 milhões de toneladas, uma alta de 0,8 milhões de toneladas ante setembro de 2011, acrescentou.

"Mas enormes reduções ano a ano nas importações chinesas devem ser inevitáveis entre outubro/2012 e fevereiro/2013, resultando em uma considerável queda nos estoques chineses de grãos de soja", disse a consultoria.

O momento e o volume das exportações de soja dos EUA para a China serão fatores determinantes para o preço, que devem ser observados pelos próximos meses, disse a Oil World.

"A falta de racionamento das importações chinesas pode desencadear uma nova aceleração dos preços da soja na CBOT (bolsa de grãos de Chicago) e no mercado mundial", afirmou.

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