China renova compra de soja dos EUA
Os investidores têm se mostrado céticos sobre o progresso feito para acabar com uma guerra comercial
A China fez suas primeiras grandes compras de soja nos Estados Unidos desde que o presidente norte-americano Donald Trump e o mandatário chinês, Xi Jinping, fecharam uma trégua comercial no início deste mês. O acordo acabou proporcionando alívio aos agricultores norte-americanos que lutam para encontrar compradores para sua safra recorde.
De acordo com Trump, os chineses já estão comprando uma "enorme quantidade" de soja dos EUA e que também cortarão tarifas em automóveis norte-americanos. Já Xi disse que a compra de mais de 1,5 milhão de toneladas de grãos é a prova mais concreta de que a China está cumprindo as promessas feitas ao governo dos EUA.
Nesse cenário, os investidores têm se mostrado céticos sobre o progresso feito para acabar com uma guerra comercial que interrompeu o fluxo de centenas de bilhões de dólares de bens entre as duas maiores economias do mundo. A prisão no Canadá de um importante executivo chinês da gigante de tecnologia Huawei Technologies Co Ltd também despertou preocupação em mercados que a guerra comercial poderia piorar.
As compras de soja pelas empresas estatais chinesas, avaliadas em mais de US$ 500 milhões, farão pouco para reduzir o déficit comercial de US$ 43,1 bilhões com a China, que Trump quer reduzir a longo prazo. As compras, no entanto, fornecerão um gesto de boa vontade antes da próxima rodada de conversações entre EUA e China para mudar seus termos de troca. Isso porque os Estados Unidos têm uma longa lista de queixas contra a China sobre propriedade intelectual, transferências forçadas de tecnologia e subsídios industriais.
