China seguirá modelo brasileiro contra PSA
País será dividido em cinco regiões para aumentar as ações de controle
Agrolink
- Eliza Maliszewski
Foto: Embrapa - MORÉS, Nelson
O Ministério da Agricultura da China divulgou nesta semana um plano para combater a peste suína africana no país. O modelo já é aplicado no Brasil com bons resultados. Os chineses pretendem dividir o país em cinco regiões que terão maior responsabilidade na prevenção e controle da PSA, bem como outras doenças animais.
A mudança ocorre após uma forte onda da doença no inverno na região norte e em algumas províncias, já que a doença incurável causa perdas significativas no maior rebanho de suínos do mundo. Somente nesta região 25% do rebanho foi afetado no primeiro trimestre e fez a produção de carne cair 30%. As perdas vieram em um momento de recuperação dos rebanhos com mais fêmeas reprodutoras.
No Brasil a compartimentação foi adotada para controlar doenças e o país ganhou uma grande vantagem competitiva no mercado internacional, ofertando melhores garantias aos clientes internacionais, além de tornar mais efetiva a redução de danos em ocasionais eventos sanitários.
A China já havia pilotado o sistema de controle regional em seis províncias do sul. Pelo novo plano, todo o país será dividido em cinco regiões. As regiões terão a tarefa de garantir a notificação oportuna de surtos de doenças, avaliar os riscos e propor políticas de controle.
Eles também criarão zonas livres de doenças dentro de suas regiões e, além disso, garantirão que, em princípio, nenhum porco além de reprodutores e leitões entrem ou saiam de suas regiões, disse o ministério.
A China já havia discutido a adoção da compartimentação para controlar melhor a propagação da peste suína africana e, a partir de 1º de abril, restringiu o movimento de suínos entre as regiões. O teste do sistema no sul reduziu algumas doenças, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank. “A situação no sul era um pouco melhor do que no norte”, disse ela.