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Chineses querem firmar parceria com produtores de GO para compra de soja

Representantes do grupo Hopefull estiveram na Faeg


Empresários chineses representantes do grupo chinês Hopefull Group estiveram pela segunda vez na Faeg, para discutir com um grupo de trabalho, a possibilidade de investimentos para produção de soja nas regiões norte e nordeste de Goiás. O grupo Hopefull está entre as maiores 500 empresas da China e possui várias frentes de negócios, mas a principal é o esmagamento e produção de derivados da soja.

A gigante chinesa tem a capacidade de refinar 1,3 mil tonelada de óleo de soja por dia e de esmagar três milhões de toneladas de soja por ano. Porém, a maior parte de toda a soja adquirida pela empresa é proveniente do exterior e comprada através de trades. Agora a Hopefull pretende diversificar sua política de compras e quer adquirir soja diretamente do produtor. Nesse ponto é que entram os produtores goianos. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner esteve no início da reunião e disse que a Faeg está aberta para auxiliar ambas as parte no que for necessário.

Em 2010, um dos diretores da Hopefull, Tom Lin Tan, esteve no Brasil e sobrevoou as áreas que já são grandes produtoras de soja no Estado como as regiões sul e sudoeste. Também conheceu as regiões que fazem parte do projeto, que compõem 50% da área do Estado. Segundo o coordenador do grupo de trabalho goiano, o presidente da Comissão de Grãos, Fibras e Oleaginosas da Faeg, Alécio Maróstica, somente nessa região há três milhões de hectares de área degrada que podem ser recuperados e formar um grande cinturão agrícola.

Alécio diz que depois da visita dos chineses em 2010, foram realizadas reuniões com os produtores das regiões de norte e nordeste de Goiás para falar do projeto e verificar o interesse de cada um. Também foi feito um estudo com uma recuperada e verificou-se que cada hectare produziu uma quantidade de soja superior a média nacional. Em cada hectare foram produzidos 3,5 toneladas por hectare.

O valor total do projeto, avaliando a partir da limpeza do solo até o grão pronto para embarcar, custará cerca de R$ 500 milhões. Alécio disse que a negociação com os chineses deve ser aprofundada para que se chegue a um ponto comum e projeto tenha início. Uma parte da região onde será plantada a soja será cortada pela ferrovia Norte-Sul, o que facilitará o escoamento dos grãos até o porto.

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