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Chuva, o desejo também dos arrozeiros

Lavouras têm necessitado de "banhos" para acelerar a germinação


De acordo com as notícias veiculadas pela imprensa recentemente, a seca que afeta a maior parte das regiões do Estado causou preocupação e transtorno para os agricultores gaúchos. Quando o assunto é arroz, por exemplo, na Metade Sul e na Região Metropolitana a falta de chuvas aumenta os gastos dos produtores e prejudica a irrigação das lavouras.


Nas regiões da Campanha, Fronteira-Oeste e zona Sul, tradicionais produtoras do cereral, diversas lavouras têm necessitado de "banhos" para acelerar a germinação nas áreas plantadas.

Já os produtores de arroz do entorno da Região Metropolitana, que se servem dos rios Gravataí e dos Sinos como fonte de irrigação para suas lavouras, estão sofrendo com o baixo nível das águas. Há pouco, obedecendo a uma resolução do Conselho de Recursos Hídricos do Estado, os arrozeiros chegaram a suspender as atividades de bombeamento de água a fim de não prejudicar o abastecimento da população urbana.

Quando questionado acerca da situação atual do arroz, não só na região sul, mas no cerrado, o coordenador de pesquisa do Instituto Phytus, o Doutor Marcelo Madalosso, destaca informação relevante: “a planta de arroz necessita de grande quantidade de luz, por isso em anos chuvosos a produção não costuma a atingir patamares tão elevados. Desta forma, em anos de seca (poucas nuvens) as produtividades costumam ser as mais altas, desde que a água não seja o limitante. Este último ponto, justamente, é o grande entrave dos arrozeiros atualmente, pois as precipitações até mesmo de inverno não foram suficientes para encher as barragens e, agora, a chuva passa a ser objeto de desejo de arrozeiros também”.


O Rio Grande do Sul, que passa por uma estiagem sem precedentes, nestes últimos dois meses, e com o quadro climático podendo ainda se agravar, plantou, mais de 20% da área fora da melhor época recomendada para a semeadura e que boa parte destas lavouras apresenta problemas de estabelecimento e que, portanto, deverá afetar a sua produtividade.

A produção nacional é estimada em 11,927 milhões de toneladas (a menor dos últimos cinco anos), com redução de 12,4% ou quase 1,7 milhão de toneladas em relação à safra anterior.

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