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Chuva eleva preço do tomate em 66% em Maringá/PR e atrapalha cultivo da uva na região

Produtores de uva da região de Marialva prevêem uma quebra de 3 mil quilos por hectare na colheita do fim do ano


Mesmo com a trégua na chuva, os reflexos do tempo fechado na última semana ainda devem ser sentidos na região. Alguns produtos distribuídos pela Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa), em Maringá, tiveram alta no preço, com destaque para o tomate longa vida, que era vendido a R$21 (caixa de 22 quilos), na última sexta-feira (24), e é comercializado a R$35, nesta terça-feira (28) – alta de 66%. Já os produtores de uva da região de Marialva prevêem uma quebra de 3 mil quilos por hectare na colheita do fim do ano.

Todas as variedades de tomate vendidos no Ceasa de Maringá apresentaram elevação na cotação. O tomate extra passou de R$18, a na última sexta, para R$24 agora – alta de 33%. O tomate extra AA era comercializado a R$25 e agora a R$32 – alta de 28%, no mesmo período

Na última semana, a abóbora menina teve elevação de 20%, passando de R$1,75, o quilo, para R$2,10. A berinjela subiu de R$10 para R$14, a caixa de 12 quilos. Os dados foram passados pelo um dos responsáveis pelo registro da movimentação diária na unidade, Leomar Cordeiro. “A chuva fez com que precisássemos trazer tomates de Goiás, por isso tivemos alta”, explicou. Geralmente a distribuição na região de Maringá vem da produção da cidade de Marilândia do Sul.

Produtores prevêem quebra na safra da uva

Os problemas com os preços no Ceasa são sazonais e devem ser corrigidos ao longo dos próximos dias. Contudo, os efeitos da chuva serão percebidos na produção da uva somente a partir de novembro, explicou Werner Genta, presidente da Associação Norte Paranaense de Estudos em Fruticultura (Anpef). “Os produtores colhem geralmente entre 14 a 15 mil quilos por hectare, mas agora não têm mais condições de passar de 11 ou 12 mil quilos”, lamentou.

Apenas 1% da área total de produção em Marialva está em período de colheita, mas entre 50% e 60% está no período da brotação, estágio que depende muito das condições climáticas para o desenvolvimento. De acordo com Genta, depois do frio do mês de junho, as produtores fizeram uma poda para minimizar os problemas, mas agora o procedimento não poderá ser repetido. “Com isso as parreiras brotam com menor número de cachos”, explicou.

A colheita ainda sofrerá um atraso. Em condições normais a distribuição da safra se concentra nos meses de novembro e dezembro. Em 2009, os consumidores terão dificuldade de encontrar uvas com preços de estação em novembro. “A produção vai se concentrar em janeiro, um mês ruim para o comércio por ser depois do natal”, disse Genta.

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