CI

Chuvas, ventos e granizo causam prejuízos para agricultura gaúcha

As principais áreas atingidas nos hortigranjeiros foram as regiões da Serra, dos Vales do Taquari, Rio Pardo e Caí, além do município de Triunfo


A semana que passou foi conturbada, com a ocorrência de fenômenos adversos, trazendo sofrimento e prejuízos financeiros ao produtor. As principais áreas atingidas nos hortigranjeiros, conforme dados do Informativo Conjuntural, foram as regiões da Serra, dos Vales do Taquari, Rio Pardo e Caí, além do município de Triunfo.

Na região Serrana, Nova Petrópolis foi o município mais afetado, além de problemas estruturais, como queda de postes de rede elétrica, deixando várias comunidades sem água, telefone e energia por diversos dias, pois em menos de uma hora choveu 85 mm, com presença de ventos e granizo. Por sua vez, em diversos dias houve formação de geadas generalizadas, sendo de intensidade forte nas localidades mais altas, que afetaram principalmente as frutíferas, como o pessegueiro, ameixeira e macieira Eva.

Em Bom Princípio as comunidades mais afetadas foram Paraíso, Bela Vista, Passo Salseiro, Morro São Pedro, Caí Velho (canto do rio), onde teve produtores que perderam praticamente tudo, devido aos fortes ventos e granizo que ocorreram, sem contar os estragos causados pela falta de energia elétrica, ainda não restabelecida em todas as comunidades. Outras localidades tiveram perdas parciais, como Arroio das Pedras, Mambuí, Bom Fim Baixo, etc. A produção mais afetada foi a de hortigranjeiro, como o moranguinho, melão, brócoli, couve-flor, pepino, alface e tomate.

Em Harmonia, a totalidade da área do município foi atingida com vendavais e granizo, com maior intensidade na comunidade do Morro Santo Antônio. As perdas foram em lavouras, pomares, hortas e benfeitorias. Na citricultura houve perdas parciais em laranjeiras de ciclo tardio, como as variedades Valência, Umbigo Monte Parnaso e Céu Tardia, calculado em 60%. A maior perda foi com as bergamotas variedades Montenegrina e Tangor Murcott, calculado em 100%. Nos hortigranjeiros houve perda de 90% nos cultivos a céu aberto.

A citricultura, em Montenegro, teve perda na safra atual e comprometimento da safra do próximo ano, pois as plantas encontram-se em floração ou com frutas no início do desenvolvimento. O maior prejuízo é na bergamota variedade Montenegrina, em que havia ainda 65% das frutas por serem colhidos e onde se calcula 80% de perda. Nas áreas com melancia, a perda foi de cerca de 50% da área cultivada, de 200 ha, e ocorreram prejuízos também em hortaliças.

O clima também ocasionou enormes perdas nos pomares de bergamoteiras e larangeiras de Pareci Novo. As localidades mais atingidas foram as de Despique e Matiel, onde os pomares foram atingidos. É difícil quantificar as perdas ocorridas, porém, em um levantamento inicial expedito, foi indicado que devem-se ter perdido em torno de 950 toneladas de bergamotas das variedades Montenegrina e Murcot, atingidas pela chuva de granizo. Devido à queda de flores e frutos recém-formados, também deverá ser afetada a produção para o próximo ano. Na olericultura, atividades de menor expressão no município, cerca de 3 ha de lavouras, foram atingidas.

Em São Sebastião do Caí, o temporal determinou prejuízos na área produtora de hortaliças. Na comunidade de Vigia, cerca de 90 famílias olericultoras tiveram prejuízos. De um modo geral, foram estimados prejuízos em 25% entre as famílias produtoras de hortaliças, conforme contato com alguns olericultores, mas as famílias já estão retomando a atividade através do replantio. Conforme vistoria feita na sede do município e na área rural, verificou-se que o maior prejuízo é com relação à queda de árvores de pequeno e médio portes e de algumas estufas plásticas. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.