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Chuvas amenizam prejuízos com a agricultura na Campanha gaúcha

Choveu em praticamente todos os municípios prejudicados pela estiagem


Enquanto nos primeiros meses de 2011 as chuvas ficaram abaixo do esperado em quase todas as regiões do Estado, em abril, de forma geral, foram registrados desvios positivos em relação à média mensal. As precipitações ocorridas na Campanha e na Zona Sul estão aos poucos amenizando os efeitos causados pela estiagem que há meses atingia estas regiões. Choveu, em volumes variáveis, em praticamente todos os municípios prejudicados pela estiagem.


As precipitações têm sido suficientes para restaurar a umidade e repor parte do volume das aguadas e açudes, contudo a plena capacidade de armazenagem ainda não foi recuperada. Foram benéficas também para a bovinocultura de corte, já que afetaram positivamente o campo nativo e as novas pastagens de outono/inverno. Contudo, o impacto não é imediato com o gado apenas mantendo o peso, já que as pastagens de verão, como o sorgo forrageiro, estão em final de ciclo. A expectativa é de que a retomada da engorda ocorra a partir do mês de maio, quando estarão aptas as pastagens de azevém e aveia.

No caso da bovinocultura de leite, as fortes chuvas podem comprometer a oferta nas regiões Metropolitana, Vales do Taquari e Caí, Central e Noroeste do Estado. Nessas regiões o grande volume de água interrompeu o plantio das pastagens de inverno, o que poderá atrasar o plantio das novas áreas das forrageiras de outono/inverno. Nas demais os volumes foram mais moderados e beneficiaram a germinação e o desenvolvimento das áreas recentemente implantas, assim como o preparo do solo nas áreas que ainda estão por ser cultivadas.

Para os grãos foi um período de interrupções nos trabalhos de colheita das lavouras de verão mas, de maneira geral, o quadro é positivo. A colheita do arroz foi retomada após as chuvas ocorridas durante os feriados de Páscoa alcançando, no momento, 93% do total plantado e se encaminhando para o final da safra 2011, assim como a soja, cuja colheita atingiu percentual de 88% do total plantado, com os restantes 12% já maduros e prontos para a colheita.


O desenvolvimento da lavoura de feijão também é muito bom nas áreas de cultivo da 2ª safra e a colheita já atinge cerca de 46% da área estimada de 25.117 ha, com excelente produtividade. A colheita do milho também evolui dentro da normalidade na comparação com anos anteriores, chegando a 68% da área. Se por um lado as chuvas atrapalharam, em parte, a colheita, por outro deram boas condições para as lavouras plantadas mais tardiamente e que se encontram em fase de enchimento de grão.

As precipitações afetaram também a produção de hortigranjeiros, que apresentou prejuízos em áreas pontuais do Estado. Algumas olerícolas, em especial as hortaliças folhosas como a alface, tiveram severos danos nas maiores áreas produtoras, principalmente no entorno da Grande Porto Alegre, fazendo com que as quantidades aprontadas no período ficassem sem condições de aproveitamento, reduzindo drasticamente a oferta e, como consequência, havendo aumento nos preços de 87%, passando de R$ 0,67 o pé para R$ 1,25.

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