Chuvas atípicas criam boas condições para a adubação de soqueira
Além do clima favorável, sucesso da operação depende da utilização de implementos adequados e de qualidade
As chuvas atípicas nos meses de abril e maio, em diversas regiões canavieiras, estão ainda criando condições favoráveis para a adubação de soqueira, que requer umidade para que ocorra um bom aproveitamento dos nutrientes pelas lavouras. “A cana tem dificuldade para absorver o adubo com o tempo muito seco”, observa o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas. A grande maioria das usinas e produtores não aduba nessas condições, porque há desperdício do produto e poucos benefícios para o canavial – constata.
Em decorrência desse outono mais chuvoso, ainda é possível obter bons resultados na aplicação de adubo na soqueira – enfatiza o gerente de marketing. A adubação da soqueira possibilita a recuperação e o melhor desenvolvimento dos canaviais.
O clima favorável não é a única condição, no entanto, para a realização de uma adubação eficiente. Existe também a necessidade da utilização de equipamentos adequados e de qualidade. “O adubo bem aplicado aumenta a produtividade e a longevidade do canavial e, consequentemente, diminui o custo de produção”, destaca Auro Pardinho.
A adubação correta evita o desperdício, pois aplica o fertilizante na dosagem indicada e no lugar certo, ou seja, ao lado das linhas da cana exatamente onde cresce o sistema radicular. Mas, para conseguir essa eficiência na adubação de soqueira em áreas com colheita mecanizada de cana crua, é preciso “driblar” a camada de palha que forma um colchão no solo e dificulta a absorção dos fertilizantes pela planta.
Para resolver esse problema, a DMB desenvolveu uma linha de implementos que otimizam a adubação de soqueira. Entre os destaques estão os adubadores de disco 1250 H e o 2300 A, que cortam a palha e colocam o fertilizante em uma determinada profundidade junto às linhas da cana.
O 2300 A faz a aplicação do adubo em três linhas simultaneamente. O 1250 H distribui o fertilizante em duas linhas. Este implemento tem ainda a versão para adubação em profundidade das soqueiras da cana-de-açúcar em áreas com espaçamento combinado de 0,90 x 1,50 m.
Com o objetivo de ampliar as opções na utilização de insumos, a DMB lançou, no ano passado, o Distribuidor de Adubo e Calcário, que possui caixas separadas para os dois produtos. Esse equipamento tem a opção de aplicar o adubo em profundidade, ao lado da linha da cana.
Além disso, o Distribuidor otimiza a utilização de calcário, que é aplicado em superfície com uniformidade e eficiência. “O equipamento conta com um dispositivo que aplica o calcário com total fluidez, criando condições para o máximo aproveitamento do produto”, ressalta o gerente de marketing.
Outra solução, disponibilizada pela empresa é o adubador com distribuição em profundidade e superficial, que possibilita, por exemplo, enterrar o nitrogênio com base em ureia e aplicar o potássio na superfície. “Esse implemento foi desenvolvido a partir de solicitação de usinas, que querem enterrar apenas o nitrogênio. Mas, o melhor mesmo é enterrar os dois nutrientes”, comenta.
Toda a linha de equipamentos da DMB, que faz a aplicação de adubo em profundidade, viabiliza o uso de fonte nitrogenada mais barata que tenha a ureia como base. Se este tipo de adubo for lançado sobre a palha, há grande desperdício do produto por causa da volatilização.
“Quando se aplica o adubo por cima da palha a fonte nitrogenada precisa ser obrigatoriamente nitrato, porque não apresenta problema de perdas por volatilização. Porém, o nitrato é mais caro e, às vezes, mais difícil de ser encontrado”, comenta Auro Pardinho.
Segundo ele, a preocupação da empresa tem sido o desenvolvimento de equipamentos que proporcionem soluções para a superação dos novos desafios gerados pelas mudanças no manejo da cultura da cana-de-açúcar, visando sempre a elevação da eficiência operacional, aumento da produtividade e redução de custos.
