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Chuvas beneficiam lavouras de verão, mas ferrugem da soja preocupa

Expectativa é que o clima se firme nos próximos dias


O clima dos últimos dias vem contribuindo para as lavouras de soja e do milho na Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam). De acordo com Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado a Secretaria de Estado da Agricultura, as duas culturas vêm apresentando bom desenvolvimento.

A única preocupação, conforme Anderson Roberto dos Santos, economista do Deral, é que o excesso de umidade causado pelas chuvas está gerando apreensão nos produtores rurais com o surgimento de focos da ferrugem asiática. Segundo ele, vários casos já foram registrados na Comcam. “Apesar de as lavouras estarem muito bonitas existe esta preocupação”, afirmou.

Santos explicou que as chuvas dos últimos dias têm impedido os produtores de fazerem a pulverização das lavouras. Para se ter ideia, o mês de dezembro fechou com mais de 272 milímetros, volume acima da média. A expectativa é que o clima se firme nos próximos dias e que a situação possa ser contornada com a aplicação de fungicidas nas áreas cobertas com soja. “A falta de luminosidade também pode prejudicar a floração e frutificação”, frisou.

A área prevista com soja para a safra 2017/2018 na Comcam é de 680 mil hectares contra 670 mil na passada, um aumento de 1,49%. Apesar da expansão, o volume de produção será menor: 2,3 milhões de toneladas contra 2,4 milhões na safra 2016. De acordo com o Deral, 40% da cultura está na fase de floração, 50% frutificação e 10% na fase vegetativa. Os preços estão se mantendo, ontem, a saca de 60 quilos fechou o dia cotada a R$ 63, 00.

Milho

O clima chuvoso está sendo benéfico também para o milho na região. Segundo o Deral, a cultura apresenta bom desenvolvimento, com a maior área já na fase de floração. No entanto, a área como grão caiu mais da metade nesta safra em relação à passada: de 20 mil hectares para apenas 8 mil. O volume de produção terá uma queda de 221 mil toneladas para apenas cerca de 90 mil toneladas. Os preços baixos do cereal é a principal causa para a queda.

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