Chuvas devem aumentar na segunda quinzena de outubro

Setembro foi quente além do normal e seco na maior parte das Regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste intensificando o déficit hídrico nos solos e, consequentemente, agravando a condição das pastagens e lavouras perenes, além de inviabilizar o início do plantio das culturas anuais de verão.

O mapa da anomalia ilustra as precipitações abaixo do normal em quase todo o país no último mês. As temperaturas médias foram até 7 graus Celsius superiores ao normal no Sul de MG e Noroeste paulista,
enquanto que na maior parte do país foi entre 3 e 5 graus acima.

Já na Região Sul, as chuvas se concentraram mais no RS e SC e menos no PR, onde a anomalia negativa da precipitação foi ainda mais forte, superior a 150 mm abaixo do normal. Na Região Norte, os volumes foram melhores que em outras áreas, mas também inferiores à média local. Nos EUA a colheita da soja e do milho está em fase inicial, por volta de 20% realizado. As chuvas de setembro foram de um modo geral irregulares.

A previsão é tempo seco na maior parte do Brasil (exceções são RS e SC) até o dia 10/out, além de altas temperaturas assim com nas últimas semanas, elevando o stress hídrico às culturas perenes no Sudeste (café, laranja, cana e pastagens) e segurando o início do plantio no Cerrado neste início de outubro. Porém, a condição muda com o bloqueio atmosférico perdendo força por volta do dia 10 permitindo o retorno das chuvas no Sudeste, Centro Oeste, Norte e partes do Sul. Somente no RS os volumes diminuem. 

As chuvas devem aumentar ao longo da segunda quinzena do mês, permitindo o avanço do plantio e alívio da seca, além de previsão de queda das temperaturas extremas. Para a Região Nordeste e MATOPIBA os volumes previstos são menores. Para os EUA, a preocupação nesta época são as ondas de frio com potencial de geadas e há previsão neste sentido para parte mais ao norte do meio oeste nos próximos dias.

*Análise da Consultoria Agro Itaú.