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Chuvas trazem novo ânimo aos produtores de mel na região de PF/RS

A safra 2011/2012 deverá render perto de 20 t


Comprometimento da floração da soja por causa da seca interfere na produtividade do mel neste ano, que mesmo assim será maior do que na safra passada
 
A exemplo dos sojicultores os produtores de mel também estão mais aliviados com as chuvas que voltaram a cair nas últimas semanas, na região. O clima, que chegou a causar uma inquietação aos apicultores, tem se mostrado mais favorável intercalando pancadas de chuvas e sol. Integrantes do grupo que forma a União Carazinhense dos Apicultores estimam que a safra 2011 /2012 irá render perto de 20 toneladas de mel que é comercializado em feiras que acontecem junto à praça central da cidade, Albino Hillebrand. A produção de mel se apresenta como mais uma alternativa de renda do meio rural.

De acordo com o apicultor José Pizutti, a estiagem do último mês do ano passado e começo de 2012 irá refletir na produtividade do mel. “Acredito que a falta de chuva vai comprometer em até 10% a minha produção, que mesmo assim vai superar a da safra passada, quando houve um processo inverso, com excesso de chuvas”, disse Pizutti. No período de 2010/2011 o apicultor encerrou a safra com uma média anual de 27 quilos de mel por caixa de abelhas. Na safra 2011/2012 estima que conseguirá elevar a produtividade entre 35 e 40 quilos por caixa. “Se não fosse o problema da estiagem tranquilamente a média seria acrescida por mais três quilos de mel”, explicou.
 
Um dado importante destacado pelo apicultor é a importância que tem a floração da soja na produção de mel. “A seca atingiu as lavouras de grãos da oleaginosa, reduzindo a disponibilidade da matéria-prima que as abelhas utilizam na produção do mel”, salienta Pizutti, lembrando que as florações das plantas rasteiras também sofreram com a pouca umidade do solo. Segundo ele, ainda esta semana fará a primeira coleta de mel nas 100 caixas que tem em áreas de terras na região de Carazinho. “Tenho uma expectativa de quanto realmente o clima seco interferiu na produção desta etapa da safra 2011/2012”, comenta Pizutti.

Para o apicultor Edmundo Metzdorf, a falta de grandes áreas com eucaliptos na região prejudicam a produção do mil. “Tenho parte da minha produção na região da fronteira onde existem matas de eucaliptos. Lá a produtividade média supera a que tenho aqui em nossa região”, comenta Metzdorf. Conforme ele, o clima na fronteira não prejudicou a atividade e por este motivo acredita que irá tirar dos apiários na faixa de 12 toneladas de mel, superando a safra passada na casa dos 12%. Metzdorf concorda que em nossa região o clima seco irá interferir na produção do mel, nesta primeira etapa do ano.

De duas a três meladas por ano, com boa produtividade, os apicultores estão conseguindo manter o preço sem reajustar nos últimos seis anos, mesmo com o aumento no custo da produção. Em média o quilo é vendido a R$ 10,00. Um dos motivos apontados pelo congelamento do preço é a estabilização do preço do mel destinado a exportação. Existem fatores que reduzem os ganhos dos apicultores. “Uma caixa feita com madeira de primeira linha custava R$ 40,00 e hoje o mesmo material sai por R$ 200,00”, compara Pizutti. Explica que, para tentar reduzir este tipo de custo o negócio é utilizar caixas de madeiras menos resistentes, como o pinheiro americano. “Com madeira inferior uma caixa tem valor entre R$ 80,00 e R$ 100,00.

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