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Ciclo final da soja: sinal de alerta para infestação de percevejos

Produtores rurais devem investir em técnicas de amostragens e aplicação de inseticidas


Produtores rurais devem investir em técnicas de amostragens e aplicação de inseticidas, para que a colheita reflita resultados satisfatórios em termos de produtividade e qualidade

Considerado uma das principais pragas que acometem as lavouras de soja, os percevejos representam um verdadeiro motivo de preocupação para sojicultores de todo o País. Segundo a doutora Jurema Rattes, da Universidade de Rio Verde, diferentemente das lagartas, que se alimentam preferencialmente da área foliar das plantas, os percevejos atuam diretamente no produto final (grãos e sementes), causando danos irreversíveis na produtividade e qualidade da safra. “Os insetos sugadores, durante todas as fases de desenvolvimento da soja, realizam picadas de prova, para identificar o momento ideal de iniciar a alimentação e oviposição, não sendo prejudicial à cultura na fase vegetativa. Neste processo de alimentação, ocorre o a injeção de saliva com enzimas digestivas, a qual é responsável pela preparação do alimento e, também, pela infecção fúngica e consequente mancha no grão”, afirma.

Os percevejos causam danos apenas na fase reprodutiva da cultura e pode resultar em perdas significativas tanto na produtividade da lavoura como na qualidade dos grãos e sementes, principalmente nos estados de clima mais quente, uma vez que o inseto não realiza diapausa alimentar nestas regiões, como nas regiões mais frias. “Devido ao aumento populacional dessa praga nas regiões produtoras de soja e migração e adaptação em diferentes culturas, como o milho, algodão, sorgo, milheto, feijão, entre outras, os produtores rurais devem monitorar o aparecimento da praga e acompanhar a população para realizar as tomadas de decisões. Afinal, os percevejos podem prejudicar a qualidade de óleo e produção de proteína do grão que vai para a indústria, causar danos em produtividade por hectare e ainda causar distúrbios na maturação fisiológica da cultivar”, explica.

Para que o manejo seja efetivo e a safra apresente bons resultados, o produtor deve se atentar primeiramente às áreas marginais da cultura. De acordo com Embrapa Soja, os percevejos, após a colheita da soja e de culturas de entressafra, se protegem em áreas de mata próximas à região de plantio, o que facilita a sua ação de migração e adaptação alimentar. “Recomenda-se realizar uma amostragem com pano de batida, a fim de entender a dinâmica do inseto, além de constante acompanhamento e avaliação das bordaduras. Essas práticas facilitarão o planejamento e aplicação de inseticidas”, afirma a doutora.

Com o objetivo de auxiliar os produtores rurais no manejo de pragas sugadoras nas lavouras, a Bayer CropScience investe no desenvolvimento de soluções inovadoras e oferece em seu portfólio produtos como o inseticida Connect®. “Associados às boas práticas de manejo biológico, o produto é uma alternativa para o manejo de percevejos na pós-emergência das plantas. O Connect® atua especificamente no controle de percevejos”, completa Fernando Prudente, gerente de cultura de soja da Bayer CropScience para a região Centro-Oeste.

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