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Cinzas de bagaço de cana substitui areia


O crescimento no do consumo e produção de álcool combustível nos últimos anos fez aumentar a quantidade de subprodutos, como o bagaço de cana-de-açúcar.

Para se ter ideia, só no Paraná foram geradas cerca de 40 mil toneladas de cinzas de bagaço na safra de 2007/2008. Essas sobras causam impactos ambientais significativos quando descartados de modo incorreto.

Para encontrar uma destinação racional, o professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá, Carlos Humberto Martins, começou em 2006 a coordenar um projeto de pesquisa que envolve diversos alunos da instituição. O trabalho consiste em substituir a areia utilizada em argamassa, blocos (pavers) e concreto pela cinza de bagaço de cana-de-açúcar.

“Ao substituir até 30% de areia por cinzas, o resultado percebido, até o momento, é que a resistência do produto se mantém praticamente inalterada se comparada às amostras que contém 100% de areia comum”, declara Martins.

Outros testes apontaram que quanto maior a porcentagem de substituição da areia pela cinza, menor a absorção de água na argamassa.

“Esse dado é positivo, porque a água é entendida como fator central para a maioria dos problemas de durabilidade de concreto e argamassa”, esclarece.

Martins afirma que há possibilidades de comercialização desse material, mas destaca que ainda é preciso realizar diversos testes e ensaios para verificar a durabilidade do produto a longo prazo.

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