Clima: "Potencial desastre no Centro-Sul do Brasil" favorece alta nos preços do açúcar

Os contratos futuros do açúcar fecharam em alta nesta terça-feira (1) nos mercados internacionais, sustentados pelas notícias nada positivas de agravamento da seca nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do País. Em nota divulgada pela Reuters, o analista da Marex, Robin Shaw destacou que "as notícias concentraram nossas mentes em um potencial desastre no centro-sul do Brasil".

Outro fator que pode ter dado sustentação aos preços da commodity foi uma boa demanda para os brutos no mercado físico, incluindo a China. As leves chuvas que assolaram algumas regiões no final de semana foram insuficientes para aliviar as perdas.

Em Nova York, na ICE, o açúcar bruto para julho fechou em alta de 33 pontos, ou 1,9%, comercializado a 17,69 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela outubro/21 subiu 32 pontos, com negócios em 17,71 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 29 e 35 pontos.

Açúcar branco

Em Londres os contratos do açúcar branco também fecharam em alta em todos os lotes. O vencimento agosto/21 subiu 5,30 dólares, com a tonelada negociada em US$ 464,90. Já a tela outubro/21 valorizou 4,70 dólares, negociada em US$ 466,20 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 4,30 e 5,60 dólares.

Açúcar cristal

O mercado doméstico medido pelo Cepea/Esalq, da USP, também fechou a terça-feira em alta. A saca de 50 quilos do açúcar cristal foi negociada ontem a R$ 116,23, contra R$ 115,81 da véspera, valorização de 0,36% no comparativo entre as datas.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado subiu 2,24% nesta terça-feira, pelo Indicador Diário Paulínia, com o metro cúbico negociado em R$ 3.081,50, contra R$ 3.014,00 o m³ da véspera. Esta foi a sexta alta seguida do indicador.