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Clima favorece implantação de lavouras de milho no RS

Condições climáticas no momento também beneficiam os orizicultores



Com o solo em umidade ideal para a semeadura, segue o plantio do milho no Rio Grande do Sul. Da área total prevista a ser implantada no Estado (731,5 mil ha), estima-se que 34% já foram implantados, contra uma média de 20% para o período. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a totalidade das lavouras de milho se encontra nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. Em determinadas áreas, algumas primeiras plântulas já apresentam sintomas de ataque de pragas, mesmo com aplicação de inseticida nas sementes.

Na soja, os produtores dão continuidade ao planejamento da cultura e ênfase na aquisição de insumos. Manejo químico das primeiras áreas a serem cultivadas no princípio de outubro, iniciando revisões e intensificando regulagem das plantadeiras.

As condições climáticas no momento também beneficiam os orizicultores, que preparam o solo para a implantação e limpam os canais de irrigação e drenagem, melhorando o acesso às lavouras, inclusive com taipas prontas, possibilitando a realização do plantio na época correta/ideal de semeadura ou até mesmo sua antecipação.

CULTURAS DE INVERNO
No trigo, a cultura evolui para o estádio reprodutivo, entre a floração e o enchimento de grãos. Apesar da boa aparência das lavouras, as espigas se apresentam pequenas, com baixo número de espiguetas e, em alguns casos, com grãos malformados. Produtores realizam a segunda aplicação de fungicida, havendo necessidade de mais uma aplicação de inseticida devido ao aumento da incidência de pulgões.

Na região das Missões, segue o registro de ocorrência de perdas (COPs), já somando mais de 220 delas. Segundo técnicos dessa região, a tendência, ao se aproximar a época de colheita do trigo, é que aumente o número de COPs, abrangendo praticamente todos os municípios da região.

As fases das lavouras de canola no Estado se encontram distribuídas na seguinte proporção: 20% em floração, 67% em enchimento de grãos, 10% em maturação e 4% colhidos. O aspecto geral das lavouras é considerado ruim na maioria dos casos, devido à baixa população de plantas cultivadas e às falhas no enchimento de grão (grão chocho). Muitas lavouras apresentam os dois estádios distintos de desenvolvimento (floração e enchimento de grãos) na mesma gleba, evidenciando possíveis perdas na cultura.

Também é considerado ruim o aspecto geral das lavouras de aveia branca, com plantas de porte pequeno, devido ao longo período com baixa umidade do solo no final de junho e durante todo mês de julho. A expectativa de produtividade poderá ter redução de até 50% sobre a inicial, mas esta medida ainda depende de avaliação final das equipes municipais. Há solicitação de Proagro de algumas lavouras devido à péssima expectativa de produção. 

FRUTAS E OLERÍCOLAS
Citros - No Vale do Caí, o tempo bom nas últimas semanas tem colaborado para a colheita das frutas cítricas das cultivares tardias, já em fase de finalização, ao mesmo tempo em que as frutas da nova safra das laranjeiras e bergamoteiras estão em início de formação.

Entre as laranjeiras, estão sendo colhidas as últimas frutas do cultivar Umbigo Monte Parnaso, e o preço médio recebido pelos citricultores pela caixa de 25 quilos é R$ 15,00. Nesta mesma época, na safra de 2016, os citricultores recebiam R$ 26,00 pelo mesmo produto. Nesta safra de 2017 os preços recebidos por todas as cultivares da laranja de umbigo foram muito baixos, desestimulando fortemente esse cultivo. Muitos citricultores já se propõem a erradicar pomares desta fruta.

Ao contrário da laranja de umbigo, a Valência, que se destina para a elaboração de suco, tanto na indústria como nos domicílios, bares e restaurantes, tem tido preço superior ao da última safra; o citricultor está recebendo em média R$ 14,00/cx. de 25 quilos. Para a Valência comercializada para as indústrias de suco, os citricultores estão recebendo em média R$ 420,00/ton. 

Cebola - A ausência de precipitações na região Serrana traz benefícios e ao mesmo tempo restrições ao desenvolvimento da cultura. Positivamente, a secura proporciona condições adequadas para a manutenção da sanidade das lavouras, pois uma grande maioria de fitopatias é condicionada pela umidade elevada. Por outro lado, a deficiência hídrica facilita o surgimento de surtos de pragas, principalmente o tripes, principal dor de cabeça dos cebolicultores.

CRIAÇÕES
Na bovinocultura de corte, o clima quente dos últimos dias favoreceu o desenvolvimento do campo nativo, permitindo que os animais tivessem algum ganho de peso. No entanto, as precipitações pluviométricas têm se mantido abaixo do índice normal para o mês, preocupando pecuaristas que possuem solos mais arenosos.

Da mesma forma, as pastagens cultivadas de inverno, que estão com boa massa, têm garantido as condições nutricionais dos animais. De um modo geral o rebanho apresenta bom estado corporal, pois o inverno foi de temperaturas mais elevadas, ocorrendo menos perdas no rebanho. As fases predominantes são de gestação e parição, aumentando o cuidado com as vacas prenhas.

Devido às temperaturas mais elevadas, estão surgindo problemas de verminose e ectoparasitas, sendo recomendado o planejamento preventivo para o carrapato. Em função do calor, aumentam os casos de bicheiras no umbigo dos terneiros recém-nascidos.

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