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Clima favorece segunda florada em regiões de café arábica do país, diz Cepea

Previsão é de chuva em maior volume nos próximos dias no Espírito Santo


A segunda floração verificada nos cafezais de arábica de importantes regiões produtoras do Brasil, no início de outubro, está se desenvolvendo bem favorecida pelas condições climáticas, com chuvas seguidas de sol, avaliou nesta terça-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). No acumulado de outubro, as precipitações somaram mais de 100 milímetros em Varginha (MG), Araguari (MG), Franca (SP) e Patrocínio Paulista (SP), segundo dados da Somar Meteorologia citados pelo Cepea.

Apesar das floradas, o Cepea destacou que os preços estão firmes, em meio à expectativa de que as regiões mineiras do Sul e do Cerrado e nas paulistas de Garça e de Mogiana tenham produção afetada pela bienalidade negativa do arábica na nova temporada. Além disso, agentes do mercado consultados pelo Cepea indicam que muitos cafezais dessas regiões foram podados/esqueletados, o que também deve resultar em menor produção.

Na Zona da Mata Mineira e do Noroeste do Paraná, onde a bienalidade será positiva na temporada 2017/18, o clima tem sido distinto, acrescentou o Cepea. Enquanto no Paraná, as chuvas seguem em bons volumes desde o início de outubro, na Zona da Mata, as precipitações ocorrem com menor intensidade.

Quanto ao café robusta, a previsão é de chuva em maior volume nos próximos dias no Espírito Santo, o que pode segurar as flores nos pés, amenizando a situação para a próxima safra do Estado, seriamente prejudicado pela seca dos últimos anos. Em Rondônia, as chuvas já vêm ocorrendo desde o início de outubro e as flores seguem firmes nos pés, segundo o Cepea.

Os preços do robusta também seguem avançando, atingindo novos recordes reais de forma consecutiva. Os valores ainda são influenciados pela baixa oferta após a quebra de safra no Espírito Santo e Rondônia. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a 538,93 reais/saca de 60 kg na segunda-feira, alta de 2,44 por cento em relação à segunda anterior e de expressivos 17,25 por cento no acumulado de outubro.

O Indicador do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, voltou a fechar na casa dos 540,40 reais/saca de 60 kg, patamar real que não era verificado desde março de 2014. O arábica acumulou alta de 6,41 por cento no acumulado de outubro.

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