Clima pressiona e preços do açúcar começam a semana com forte retração

O clima voltou a pressionar as cotações do açúcar nas bolsas internacionais e no mercado interno brasileiro. Isso porque, tanto no Brasil como na Índia, primeiro e segundo maiores produtores do adoçante no mundo, as condições climáticas se mostram bastante favoráveis para o andamento da safra, sem interrupções na moagem, no caso brasileiro, e para um bom desenvolvimento da cana no país asiático.

No Brasil, o tempo seco observado ao longo do mês de junho favorece a colheita e o processamento da safra 2017/18, com um percentual de cana destinada à produção de açúcar acima do registrado no ciclo anterior (2016/17). Na Índia, as chuvas de monções mais regulares colaboram para o aumento da oferta local após um avanço de 6% na área plantada".

Diante deste cenário, os preços da commodity despencaram neste início da última semana de junho. Ontem, na bolsa de Nova York o açúcar caiu 36 pontos no vencimento julho/17, que expira na próxima sexta-feira, com negócios firmados em 12.61 centavos de dólar por libra-peso. As demais telas caíram entre 22 e 32 pontos.

Londres seguiu a mesma tendência e viu os preços do açúcar branco caírem vertiginosamente. Os lotes para agosto/17 foram negociados a US$ 396,80 a tonelada, baixa de 8,70 dólares quando comparados aos preços praticados na sexta-feira. Nos demais vencimentos a commodity fechou desvalorizada entre 5,20 e 6,70 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno, segundo apurou o Cepea/Esalq, as cotações do açúcar cristal fecharam pelo sexto dia seguido em queda, com negócios firmados em R$ 68,26 a saca de 50 quilos, retração de 2,25% em comparação aos preços da última sexta-feira, que fechou cotada a R$ 69,83.

Etanol diário

O etanol hidratado teve sua sétima queda de preços seguida pelos índices da Esalq/BVMF. O metro cúbico do biocombustível foi comercializado ontem a R$ 1.347,00, retração de 0,96% em comparação com o dia útil anterior.