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CMN analisa prorrogação em bancos privados para arrozeiros

Medida vinha sendo reivindicada pelo setor há pelo menos 60 dias


O Banco do Brasil anunciou o adiamento automático dos vencimentos das parcelas de custeios prorrogados e investimentos 2011/12 para todos os arrozeiros para o próximo dia 15 de novembro de 2012. A medida vinha sendo reivindicada pelo setor há pelo menos 60 dias, já que o comprometimento da renda dos arrozeiros, com os débitos é muito alto, frente à baixa renda obtida com o grão nas safras recentes.


O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, teve a confirmação na sexta-feira(20) passada direto da Superintendência Estadual do Banco do Brasil e destaca a medida como uma grande notícia. “É uma iniciativa importante da direção do Banco do Brasil, mostrando sensibilidade e colaboração com o Setor. Agora estamos trabalhando para ampliar esta medida para os outros bancos”, afirma.

Segundo ele, nesta segunda-feira a Federarroz entrou em contato com o secretário estadual da Agricultura, em exercício, Cláudio Fioreze, e solicitou o mesmo procedimento por parte do Banrisul. “É importante e urgente pois, já nesta quarta-feira há vencimentos de parcelas”, alerta.

De qualquer maneira, a Federarroz mantém a posição para que os produtores entreguem cartas com pedido de prorrogação do vencimento das dívidas, pois entende que estas serão contempladas no Programa de Reestruturação das Dívidas Arrozeiras, em elaboração pelo governo federal. “Para quem puder, a melhor saída é pagar. Mas, quem não tiver condições, deve justificar no pedido de prorrogação antes dos vencimentos, evitando ficar inadimplente”.


CMN - Outra novidade importante é que na próxima quinta-feira (26-7) o Conselho Monetário Nacional avaliará um pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para que vote e regulamente a prorrogação das parcelas de custeio, investimentos e prorrogações, estendendo a medida também aos bancos privados. O argumento básico é a necessidade de prazo para a conclusão de um programa que refinancie as dívidas agrícolas, que no caso do arroz gaúcho superam R$ 3 bilhões.

Segundo Renato Rocha, a próxima etapa, além de monitorar a evolução do assunto no Mapa, é retomar o pedido para que o governador Tarso Genro leve à presidente da República, Dilma Rousseff, a necessidade de agilizar o programa de reestruturação das dívidas setoriais e também estabelecer um sistema de cotas de importação do Mercosul, já que estes volumes têm afetado negativamente o mercado interno.

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