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CMN aprova prorrogação de custeio

Foi prorrogado o pagamento dos financiamentos de custeio da safra 2003/04


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, ontem (26-07), a prorrogação de pagamento dos financiamentos de custeio referentes à safra 2003/04. A decisão altera o artigo 2º da resolução 3.460, publicada em 14 de junho. A determinação já autorizava o adiamento dos débitos referentes às safras 2004/05 e 2005/06. A inclusão também alterou o prazo concedido para quitar as parcelas das prestações com vencimentos em 2007 do dia 30 de julho para 31 de agosto.

A concessão dos bônus de 5% a 15% prevista para os investimentos feitos nas lavouras de 2004, 2005 e 2006 irá ocorrer por meio de medida provisória (MP). Porém, a assessoria do deputado Luis Carlos Heinze, informa que há a possibilidade de inserir um adendo na MP 327, que trata do Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA) e tramita no Senado. O objetivo seria agilizar a implementação dos descontos.

A decisão do CMN agradou ao setor agrícola do Rio Grande do Sul. Apesar de o produtor continuar convivendo com problemas como a desvalorização do dólar, adquire um fôlego a mais para eliminar dívidas antigas. De acordo com o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, a prorrogação do pagamento dos financiamentos relativos à safra 2003/04 veio ao encontro das expectativas do segmento. "Todos os produtores serão beneficiados", salienta. A expectativa, segundo ele, é que durante os 30 dias concedidos a mais pelo governo, saia a MP autorizando juros de 6,75% ao ano para os financiamentos, a autorização da equalização referente à cobrança dos juros de 8,75% ao ano e a instituição dos bônus de desconto para os investimentos.

O diretor da Federarroz, Valter Pötter, afirma que a inclusão dos débitos dá "oxigênio" ao orizicultor. "Pelo menos, ele consegue trabalhar com mais tranqüilidade", avalia. Pötter diz que mais de 50% dos 11,8 mil produtores de arroz do Estado serão beneficiados. "São os que utilizam financiamentos bancários", explica. O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, ressalta que a medida irá auxiliar o homem do campo na reorganização das suas finanças, já que conviveu com dois anos seguidos de secas.

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