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CNA alerta para início do período de queimadas

Presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA lembra que todos perdem com o mau uso do fogo


Presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA lembra que todos perdem com o mau uso do fogo
 
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta os produtores rurais de todas as regiões do País para o início, neste mês de junho, do período de queimadas, prática que se for aplicada sem os devidos cuidados técnicos pode resultar em grandes prejuízos para o campo e para as cidades. O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez, lembra que o Decreto 2.661, de 8 de julho de 1998, bem como o atual Código Florestal, permitem o emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais, desde que autorizado por órgão ambiental e seguindo uma série de regras.

O problema é quando o fogo foge do controle e se transforma num incêndio florestal, destruindo inúmeros bens materiais e provocando o empobrecimento gradual do solo, perda de biodiversidade e danos à rede de transmissão elétrica. Preocupa a CNA o fato de que, muitas vezes, os focos de fogo têm origem nas margens de estradas ou rodovias que cortam as propriedades rurais. Nesse caso, as chamas são desencadeadas por pontas de cigarro jogadas dos carros que transitam nessas vias.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA lembra que é preciso alertar a população para os efeitos incontroláveis que uma atitude como essa podem resultar. “Não é só a população que sofre com os efeitos das queimadas e os danos ao meio ambiente. Os produtores rurais são, normalmente, os principais prejudicados, tanto pelos efeitos diretos como também os efeitos indiretos sobre o a fertilidade do solo. Enfim, o mau uso do fogo faz com que todos saiam perdendo", afirma Assuero Veronez.

A CNA também revela que, por uma questão cultural, atear fogo é uma prática comum em áreas de assentamento da reforma agrária e em terras indígenas, situação que só pode ser alterada a partir de um trabalho educativo que tenha o objetivo de alertar sobre os riscos desta prática. O fogo, acrescenta Veronez, é uma prática que foi abolida na grande maioria das grandes propriedades rurais, que adotaram técnicas modernas de mecanização em substituição ao fogo. “Os pequenos não dispõem dessas tecnologias e são obrigados a usar o fogo para limpar as áreas de subsistência”, explica.

O que diz a lei – A legislação autoriza a queima de áreas, desde que o produtor tenha autorização do órgão ambiental, que vai licenciar a propriedade para uso do fogo. Ao fazer o pedido de autorização para queimada, o produtor receberá uma série de instruções de como a prática deve ser realizada. Segundo Veronez, é preciso ter, na propriedade, equipamentos de combate a incêndios, além de uma equipe de funcionários treinados pelo Corpo de Bombeiros que atuará no controle das chamas. Para evitar que o fogo se espalhe, é preciso que sejam construídos aceiros. Além de considerar as condições do terreno e as características da vegetação, é preciso avaliar as variáveis meteorológicas, tais como intensidade e direção do vento predominante, temperatura, umidade e incidência de luz.

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