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CNA considera impossível quitar dívida agrícola em 2007

Grande parte dos produtores tem parcelas de Pesa e Securitização e fizeram novos endividamentos


A vice-presidente de Secretaria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora eleita Kátia Abreu (PFL/TO), afirmou nesta terça-feira (12-12) que a rentabilidade da agricultura é muito baixa, que o setor é cíclico e que qualquer tipo de endividamento negociado a curto prazo pelos produtores “é impossível de se pagar”. Ela explicou que grande parte dos produtores tem parcelas de Pesa e Securitização e fizeram novos endividamentos. “Acumulou tudo e é impossível que em 2007 seja quitado. Isso só será possível em, no mínimo, cinco anos”, disse Kátia.

Para ela, o maior ponto de prejuízo e aumento de custo da produção agrícola, hoje, é a infra-estrutura. “De acordo com estudo que analisa as últimas cinco safras, 70% do aumento no custo de produção nesse período é resultado da ineficiência logística, da ausência ou da péssima condição das estradas e dos preços dos combustíveis”, disse.

Ela informou, ainda, que a CNA pediu audiência com a Casa Civil para tratar do pacote de medidas que o governo pretende lançar para a infra-estrutura. “A solução do problema passa não só pela melhoria das rodovias, ferrovias e portos, mas por um planejamento para sanar os gargalos da infra-estrutura Queremos nessa reforma a prioridade não apenas para obras isoladas, mas que seja observada a logística como um todo”, completou.

Segundo o superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta, a crise deste ano só não foi maior para o setor como um todo porque o país possui uma pauta bastante diversificada de produtos. Ele explica que apesar dos problemas de clima, sanidade e câmbio, o país colheu uma safra 5% maior que a anterior, atingindo 120 milhões de toneladas de grãos. Já na pecuária, a produção cresceu, mesmo que em ritmo menor, com taxas de 2% para os bovinos, 3% para leite e 6% para frango. “Esses resultados, no entanto, não foram suficientes para anular as perdas anuais de faturamento”, completa Cotta. As informações são da CNA.

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