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CNA debate mercado para cafés especiais do Brasil

CNA promoveu uma live, na terça (25), para discutir as oportunidades de mercado para os cafés especiais do Brasil


Foto: Pixabay

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma live, na terça (25), para discutir as oportunidades de mercado para os cafés especiais do Brasil. A transmissão ao vivo foi moderada pela assessora técnica da Comissão Nacional de Café da CNA, Raquel Miranda, e contou com a participação da integrante do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Cafés Especiais e gestora das Fazendas Caxambu e Aracaçu, Carmen Lúcia Brito; do gestor da Sancoffee e Fazenda Samambaia, Fabrício Andrade; e do coordenador da Cocatrel Direct Trade, Gabriel Miari.

Raquel destacou que o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. O grão é o quinto produto agrícola na pauta de exportações do País e movimentou US$ 5,1 bilhões, com 40,7 milhões de sacas exportadas, em 2019. A diversidade de regiões, microclimas, solos, altitudes e processos de pós-colheita conferem aos cafés brasileiros aromas e sabores variados.

“Nos últimos anos, temos visto o crescimento das cafeterias, de marcas e de pessoas trabalhando com cafés especiais, que estão trazendo para perto dos consumidores a possibilidade de provar produtos diferenciados e mostrar que café não é tudo igual”, disse ela.

Segundo Carmen Lúcia Brito, a produção de cafés especiais é uma opção para produtores. Ela ressalta que o mercado internacional procura novas variedades e confia na capacidade dos cafeicultores brasileiros de desenvolverem aromas e sabores surpreendentes.

“Outro avanço é a sustentabilidade dos cafés brasileiros. Somos o País mais preparado para isso e precisamos vender bem essa ideia para o mundo. Venham aqui que vão encontrar os melhores cafés, com sustentabilidade e valorização social”, afirmou.

Fabrício Andrade acredita que os cafés especiais permitem valor agregado porque os consumidores valorizam características como qualidade, impactos sociais e ambientais e rastreabilidade. Conforme ele, três variáveis influenciam na remuneração dos produtores: produtividade, liquidez e preço.

“Não existe estratégia boa ou ruim. Existe estratégia bem desenvolvida, modelo de negócio, operação, treinamento de pessoas e processos. Dá trabalho, mas é possível quando a estratégia é coerente de cima a baixo”, declarou.

Na opinião do coordenador da Cocatrel Direct Trade, o “reconhecimento financeiro” é fundamental para que o produtor possa continuar investindo e aprimorando a sua produção. Apesar do mercado externo ainda ser o principal foco dos cafés especiais, Gabriel Miari avalia que o consumo vem crescendo e que existem possibilidades dentro do Brasil, apesar da alta tributação para a importação de equipamentos essenciais ao preparo do produto.

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