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CNA defende desenvolvimento de pesquisa para combate de pragas em pomares

Produtores de maçã perdem R$ 25 milhões por ano


Garantir o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a criação de “inimigos naturais” para controle biológico da mosca-das-frutas, praga que atinge os pomares, especialmente na região Sul do País. Com este objetivo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a instalação de um centro específico para controle da anastrepha fraterculus, praga comum em áreas de produção de maça, pêssego, amora-preta, framboesa e frutas nativas.


A necessidade de criação deste centro de pesquisa foi tema discutido nesta semana, em Brasília, com os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Antônio Andrade; da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), Marco Antônio Raupp; e com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes.

Nas reuniões, o assessor da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, José Eduardo Costa, explicou que a praga é uma das mais agressivas para a cultura da maça, causando danos em todas as fases de desenvolvimento das frutas. “Os prejuízos anuais somam R$ 25 milhões, somando perdas por danos e custo de aplicação de inseticidas”, afirmou. A Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM) também defende a criação do centro de pesquisa.

Segundo ele, a situação pode ficar ainda mais grave no médio prazo. O uso de inseticidas para controle da mosca-das-frutas tem sido proibido no Brasil de forma gradativa. “Além disso, há pressão dos países importadores de frutas e sucos, que têm sido cada vez mais rígidos com os níveis de tolerância de resíduos”, afirmou.

Como forma de encontrar alternativas para o controle desta e de outras pragas que rondam os pomares, a CNA e a ABPM solicitaram ao governo a implantação prioritária do projeto do Centro de Controle Biológico da Anastrepha Fraterculus (Moscasul). Diante da gravidade da situação, as autoridades comprometeram-se a avaliar o tema.


As alternativas que podem ser adotadas para controle da praga são consideradas ambientalmente corretas, segundo o assessor da CNA. O uso de inimigos naturais (parasitóides) e a técnica do inseto estéril (TIE) são dois tipos de bioinseticida utilizados em diversas partes do mundo, reduzindo gradualmente a população da praga.

MAÇA – De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil é o nono maior produtor mundial de maças, com colheita de 1,3 milhão de toneladas em 2010. Deste total, 10% é exportado, vendas que renderam US$ 550 milhões no ano.

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