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CNA define prioridades para a silvicultura

Comissão recém-criada para discutir políticas para o setor fez sua primeira reunião ontem


Comissão recém-criada para discutir políticas para o setor fez sua primeira reunião nesta quarta-feira, na sede da entidade, em Brasília
Disponibilização de ferramentas de gestão ao silvicultor e aprimoramento de políticas públicas relacionadas ao segmento de floresta plantada. Estas são algumas das prioridades da recém-criada Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que será responsável pela discussão de propostas que permitam a melhoria da atividade de reflorestamento no Brasil. O presidente da nova comissão e vice-presidente da CNA, Ademar Silva Júnior, coordenou a primeira reunião do grupo, que aconteceu nesta quarta-feira (30/3), na sede da entidade, em Brasília.

Na primeira reunião, os participantes discutiram as principais diretrizes para o primeiro ano de trabalho da comissão. Um dos temas tratados foi a obtenção de mais informações sobre a comercialização de carbono para orientar os silvicultores a participar deste mercado. Outro tópico abordado foi a criação de ações que venham agregar valor às madeiras originadas das florestas plantadas, ampliando o mercado para este segmento. Participaram do encontro o deputado Federal Irajá Abreu (DEM-TO), que também é vice-presidente Associação dos Reflorestadores do Tocantins (ARETINS); o diretor da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), Cesar Augusto dos Reis, e representantes das Federações de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Minas Gerais (FAEMG), Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Rio Grande do Sul (FARSUL), Bahia (FAEB) e Distrito Federal (FAPE-DF).

Segundo Ademar Silva Junior, os setores de silvicultura e agrossilvicultura estão em crescimento constante, o que vem exigindo um amplo debate sobre o assunto. “Percebemos que a tendência é que exista o interesse do produtor em avançar na produção de floresta plantada. Por isso, identificamos a necessidade de se criar uma comissão específica para o setor”, enfatizou.

No encontro, o deputado federal Irajá Abreu (DEM-TO) destacou a importância do reconhecimento da CNA para o setor de silvicultura. “A CNA está dando o ponto de partida para a discussão de políticas públicas para o produtor de floresta plantada e outros interesses do segmento. É importante ressaltar a adesão da ABRAF, que incrementará as discussões”, afirmou.

Já o diretor da ABRAF disse que a instituição tem importantes contribuições a dar nesta parceria com a CNA. “A Comissão Nacional de Silvicultura vem valorizar o cultivo de floresta. E nos dá o reconhecimento que esta atividade é agrícola. Estamos certos que a CNA, com toda a sua representatividade formará planos de ação que irão promover a atividade de silvicultura”, avaliou.

O programa Campo Futuro, que consiste em levantamento de custos de produção de diversas culturas como soja, milho, feijão, algodão entre outras, também foi apresentando na reunião. O projeto também contemplará o setor de floresta plantada. Para que este trabalho possa ser iniciado, será desenvolvida uma metodologia consistente que possa ser aplicada a esta atividade. Atualmente, a pesquisa é feita em 158 municípios brasileiros. A partir da rede atualizada de dados formatada, o programa tem o objetivo de facilitar a tomada de decisões do produtor rural.

O Código Florestal também esteve na pauta do encontro. O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez, falou aos integrantes da comissão sobre as discussões em torno da proposta de atualização da legislação ambiental. Segundo ele, a proposta da reforma do Código, do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) consolida as áreas de floresta plantada e de espécie exóticas, permitindo sua plantação desde que seja intercalada com florestas nativas.

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