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CNA e Embrapa criam parceria em favor da cotonicultura baiana

Baianos pretendem reduzir custos de produção no combate às pragas



O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior, acertou com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Maurício Antônio Lopes, e a diretoria técnica da instituição, os próximos passos para o fortalecimento da parceria com os produtores de algodão do oeste da Bahia, fortemente prejudicados pela alta incidência de pragas. A Embrapa está concluindo uma série de estudos sobre as características, desafios, problemas e pleitos dos produtores da região de MAPITOBA, em que se inclui o Oeste baiano e, com o levantamento em mãos, fará nova rodada de conversas com o setor produtivo.

A grande preocupação dos cotonicultores baianos é dar sustentabilidade à cultura do algodão, reduzindo os custos de produção a partir do fortalecimento da pesquisa e da inovação no combate às pragas que castigam o campo. A reunião, de cerca de duas horas, foi realizada nesta segunda-feira (16.06) na sede da Embrapa, com a participação de representantes de associações de produtores de algodão e de entidades de pesquisa. João Martins pediu a “união de forças, com a participação da inteligência da Embrapa e foco no algodão”.

O presidente da CNA reconheceu sua inquietude diante da situação, para a qual defende soluções práticas e rápidas. Em uma demonstração de conhecimento da realidade e boa vontade para com o setor, Maurício Lopes respondeu que a Embrapa sabe da urgência dos produtores e prometeu iniciar o diálogo com as lideranças da região assim que forem analisados os estudos que ele espera sejam concluídos nesta semana. Lopes propôs que se repense a parceria com a Embrapa, a partir de um novo modelo em que “a pesquisa pública vai na frente, como uma locomotiva limpa trilho, abrindo caminho para a participação do setor privado”.

Nova fronteira - O oeste baiano integra a nova fronteira agrícola do Brasil, denominada de MAPITOBA, formada pelos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. No momento, a EMBRAPA colocou 33 pesquisadores na região para avaliar in loco os efeitos das pragas e doenças que atacam as culturas do milho, da soja e do algodão. No entender do presidente da Fundação Bahia, Ademar Antônio Marçal, que participou do encontro, “a geração de emprego e renda que vem da produção agrícola pode ser comprometida devido ao surgimento de novas pragas que atacam especialmente o algodão e a soja na região”.

Também presente à reunião, a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), Isabel da Cunha, disse que a cultura do algodão está enfrentando um “ataque de pragas e doenças que só poderá ser erradicada com uma ação conjunta da EMBRAPA e das associações de classe e dos produtores. Teremos de caminhar juntos e encontrar soluções para reduzir custos e aumentar ainda mais a produtividade”, propôs.

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