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CNA recomenda cautela a agricultores

A orientação para os agricultores é que não aumentem a área plantada durante o período de crise econômica


""Manter uma safra conservadora"", essa é a recomendação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) devido a crise econômica mundial. De acordo com a presidente da entidade, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), a orientação para os agricultores é que não aumentem a área plantada durante o período de crise econômica. ""Isso significa não especular, arriscar. Nós estamos ainda em uma grave crise, nesses casos é preciso manter ou reduzir"", disse.

A senadora concedeu entrevista à imprensa ontem durante sua rápida passagem por Curitiba. Da capital, Kátia seguiu para Toledo, Foz do Iguaçu, Londrina e Campo Mourão para cumprir uma agenda de eventos do programa ""CNA em campo"", promovidos pela entidade entre ontem e hoje.

Para a senadora, a recomendação não seria questão de pessimismo e sim de cautela. ""As empresas estão reduzindo o investimento. Nós temos que fazer o mesmo"". Segundo Kátia, a CNA busca junto ao governo, há mais de 20 dias, a ampliação do volume de crédito para o financiamento rural. O pedido da entidade é que o governo federal destine R$ 120 bilhões para a próxima safra e crie um Fundo de Compensação de Riscos do Setor Agropecuário.

Além da ampliação dos recursos, ela defende também uma nova forma de cálculo do risco sobre o financiamento agrário. Kátia conta que, atualmente, quando o agricultor não consegue pagar determinada parcela, é realizado um novo cálculo para esta e para as outras parcelas que não estão vencidas, o que acabaria tornando a dívida impagável.

Ela diz que esta seria a situação de 65% dos agricultores brasileiros, a maior parte deles da região centro-oeste. A proposta da CNA é alterar a resolução 3499, do Conselho Monetário Nacional (CMN), para que o produtor que fez mais de um contrato no mesmo banco, ao renegociar uma das operações, não tenha as outras reclassificadas para patamares mais altos.

A senadora estima que o custeio da agricultura e pecuária para o período de 2009/2010 deverá custar algo em torno de R$ 150 bilhões, dos quais os produtores teriam apenas R$ 40 bilhões em recursos próprios e alerta que, caso o financiamento não seja ampliado, há riscos de redução na produtividade. ""Se esses contratantes não puderem tomar esse crédito não sei de onde eles irão tirar esses recursos"". 

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