CI

Colheita de arroz no Rio Grande do Sul atinge 37%


A colheita de arroz no Rio Grande do Sul, o maior produtor do país, já chega a 37% na temporada 2002/03. A afirmação é do presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Pery Coelho. O relatório do instituto foi divulgado ontem (15-04) durante reunião entre entidades do setor na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre, e mostra avanço nos últimos sete dias. Na semana passada, esse percentual era de 20%. Segundo Coelho, a produtividade média está acima da esperada e vem atingindo 5.580 quilos por hectare.

A estimativa de produção no Estado é de fique entre 5 milhões e 5,1 milhões de toneladas, diferentemente da previsão de 4,2 milhões como foi levantada ontem por analistas de mercado. A produção inicial era de 5,5 milhões de toneladas. Técnicos da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) estão nas lavouras do país para coletar dados, e, na próxima semana, deverão ser divulgados novos números do setor.

Com o objetivo de manter o produtor atento, entidades do setor orizícola como a Abrarroz (Associação Brasileira da Cadeia Produtiva do Arroz), do Sindarroz (Sindicato dos Produtores de Arroz), do Irga e da Farsul farão encontros semanais para informá-los sobre o panorama do mercado. O principal tema discutido ontem foi quanto à exigência desses setores para que o governo implante a Linha Especial de Crédito (LEC) para a arroz, assim como já acontece para o milho e o sorgo. Foi elaborado um documento com essa e outras reivindicações a ser votado pelo Ministério da Agricultura e o Banco Central, e posteriormente pelo Conselho Monetário Nacional.

Esta será uma opção a mais para o produtor, que poderá escolher entre a LEC e o EGF (Empréstimo do Governo Federal). O diretor de mercado da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, destaca que, com o preço da saca de 50 Kg na faixa de R$ 30, o orizicultor será beneficiado pela LEC caso seja aprovada, porque a cotação da saca irá variar de acordo com o mercado. “Ao invés do produtor optar pelo EGF com preço mínimo de R$ 14, ele poderá escolher pela LEC que determina um preço médio de R$ 23,41, sendo este o valor de custo de produção elaborado pelo Irga”. Ele acrescenta que o produtor poderá adquirir o crédito através das Indústrias e Cooperativas.

Tavares enfatiza também que outra vantagem da Linha Especial de Crédito é que apresenta menos burocracia em comparação ao EGF, além de beneficiar principalmente os 50% dos orizicultores do país que hoje não possuem acesso ao crédito.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.