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Colheita de grãos pode ficar aquém do estimado

Com a redução do uso de insumos, a produção pode não alcançar o previsto


Com a redução do uso de insumos pelos produtores de grãos, dificilmente a produção nacional alcançará os 121,3 milhões de toneladas anunciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), acredita o presidente do Sindicato da Industria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag) e da FMC Latino América, Antônio Carlos Zem. Para ele, a produção poderá ser até menor que a do ano passado, quando foram colhidas 119,9 milhões de toneladas. "Não deve passar de 115 milhões", afirmou. As vendas de defensivos neste ano caíram 12% e o produto só foi comercializado nas últimas semanas, o que provocou gargalo logístico, pondo em risco a entrega antes do plantio.

A redução de tecnologia, no caso dos defensivos, deve-se ao esgotamento da capacidade de endividamento dos produtores. "Esta é a terceira safra que o setor produtivo não consegue quitar suas dívidas e a indústria já não se mostra disposta a avalizar nos créditos", declarou Zem. As dívidas em atraso estão estimadas em R$ 3 bilhões, apenas com os fornecedores, grande parte de produtores do Mato Grosso. O valor corresponde à metade do faturamento das indústrias do setor, que no ano passado foi de US$ 3,6 bilhões.

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