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Colômbia testa feijão resistente a mudança climática

Testes são feitos em várias regiões da Colômbia


Novos tipos de feijões resistentes a mudança climática foram testados na Colômbia durante o último ano, em estudos conduzidos no Centro Internacional de Agricultural Tropical (CIAT), na cidade de Cali e outras regiões do país.

“Este descobrimento poderia ser uma bendição para a produção de feijões porque estamos enfrentando uma situação calamitosa na que, para 2050, o aquecimento global poderia reduzir as áreas aptadas para o cultivo de grãos em 50%”, disse Steve Beebe, responsável pelo estudo, em um comunicado do Grupo Consultor para a Pesquisa Internacional em Agriculturla (CGIAR, na sigla em inglês), que é parte do CIAT.

“Incrivelmente, os feijões tolerantes ao calor que testamos podem suportar o pior cenário em que as acumulações de gases do efeito estufa causará ao mundo um aquecimento médio de quatro graus Celsius”, explicou.

Os testes dos mais de 30 tipos de feijões resistentes ao calor, que poderiam evitar sobretudo um colapso da produção em zonas da África e América Central para que esses alimentos essenciais, se realizaram nas instalções do CIAT em Cali e também em outras zonas mais quentes da Colômbia.

“O clima do Vale do Cauca (onde está Cali) não é suficientemente quente para simular futuros problemas de altas temperaturas e mudança climática, por isso levamos nossas provas a Armero (Tolima, centro da Colômbia) e a costa norte em estação da investigação de Corpoica (Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecúaria”, detalhou Beebe à agência France Presse.

Segundo o pesquisador, se espera que proximamente as sementes sejam provados em países centro-americanos na Costa Rica, por um estudante que adiante com eles uma tese de doutorado sobre os feijões tolerantes ao calor, e em africanos como Moçambique, onde atualmente se desenvolve um projeto nesse sentido.

Os países donde se havia detectado um maior risco dos cultivos a estes grãos por mudanças climáticas são Nicarágua, Haiti, Brasil e Honduras na América Latina, bem como a República Democrática do Congo, Malawi, Tanzânia, Uganda e Quênia, na África.

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