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Começa a colheita do milho no Oeste de SC


Apesar das previsões contraditórias, os produtores de milho do Oeste do Estado estão eufóricos com a colheita da safra de milho que iniciou nesta semana. Sob condições climáticas favoráveis, a região de Xanxerê espera colher até 150 sacos (nove toneladas) por hectare. A única preocupação continua sendo o preço do grão, hoje avaliado em R$ 16,50 por saco de 60 quilos.

Segundo o Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), o baixo valor de mercado foi um dos motivos que causou uma queda estimada de 3,2% na área plantada de milho no Estado. Mesmo assim, os agricultores catarinenses esperam colher 4,1 milhões de toneladas em uma área de cultivo de 829 mil hectares. A produção deste ano, de acordo com o órgão estadual, deve ficar 5% menor em relação a 2003.

O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, aposta que a alta produtividade estimada poderá compensar a redução da área destinada ao grão. Segundo Barbieri, os nove mil quilos por hectare esperados em Xanxerê - município conhecido como a Capital do Milho - já se equiparam ao rendimento norte-americano. "Apesar de a soja ter saltado de US$10 para US$18, o preço do milho ainda pode ser considerado um bom negócio para o produtor", avalia o dirigente. "Os preços podem voltar a subir no segundo semestre, na colheita da safrinha, se ficar confirmada uma quebra na produção do Centro-Oeste do País", continua.

O engenheiro agrônomo da Cooperativa Regional Alfa (Cooperalfa) Ari Roman, estima que a produtividade de milho nos 50 hectares cultivados pelos associados pode crescer 5% em 2004. Para ele, a questão do preço do mercado deverá preocupar ainda mais dentro de 10 dias, quando a cooperativa começar a receber a nova safra. "Nós poderemos ter problemas de armazenagem porque boa parte dos associados ainda não comercializou a safra do ano passado. Os estoques estão nos silos, à espera da recuperação do preço", explicou Roman.

Junto com dois ajudantes, o agricultor Francisco Casario, 40 anos, começou a colher ontem o milho quer foi plantado em uma área de três hectares na Linha Scussiato, interior de Chapecó. Toda a produção será destinada para a fabricação de silagem que vai alimentar o gado leiteiro. "Neste ano a safra foi melhor. A chuva ajudou muito na formação de grãos das espigas", mostra Casario, satisfeito.

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