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Começa plantio de arroz em terras altas no MT

Pesquisadores avaliam o desenvolvimento de 394 genótipos do cereal


Pesquisadores avaliam o desenvolvimento de 394 genótipos do cereal


Oplantio de arroz de terras altas teve início este mês no campo experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizado no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).  A doutora em fertilidade do solo, Maria Luiza Perez Villar, da Empaer, realizou o plantio com a bactéria Azospirillum, que fixa o nitrogênio do ar e repassa para a planta. Segundo ela, o projeto de desenvolvimento de tecnologia para a cadeia produtiva do arroz iniciado em 2010 terá resultados com a bactéria em abril de 2012, quando ocorrerá a colheita. Contudo, no mês de janeiro será realizado um experimento com 394 genótipos, com objetivo de observar qual deles produz em solo com baixa quantidade de fósforo, como é o de Mato Grosso.


A pesquisadora diz ainda que a utilização da bactéria evita o uso de adubo nitrogenado, bem como a contaminação do meio ambiente por nitrato. A bactéria Azospirillum para a cultura do arroz, segundo Maria Luiza,  trará economia no custo de produção e ganho ambiental como uma das principais finalidades. Isso porque a bactéria penetra na raiz da planta, associa-se com várias gramíneas, tais como, milho, trigo, sorgo e outras. Além de multiplicar bem quando a fonte de Nitrogênio é o carbono, sendo que ainda produz fitohormônios que alteram o metabolismo da planta, aumentando a absorção de água e mineral. Isso ocorre em todos os tipos de solo e clima  e o uso da bactéria (inoculante) reduz até 50% o uso de fertilizantes.

Na safra 2010/2011, o Estado produziu 800 mil toneladas de arroz de terras altas com a qualidade de grãos tipo 1, considerado o melhor arroz para mesa. Segundo Maria Luiza, a intenção do trabalho foi diminuir a ociosidade das instalações das indústrias arrozeiras, melhorar a qualidade dos grãos produzidos e a produtividade da cultura com  menor custo de produção, tornando a rizicultura mais competitiva, por meio de aprimoramento dos sistemas  de produção com uso de inovações e capacitação dos produtores. O projeto de pesquisa está trabalhando na  qualidade do arroz produzido, que atendam as normas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a produção de grãos tipo 1, considerado o melhor arroz para mesa. Sendo que novas variedades  mais produtivas estão sendo desenvolvidas com material genético resistente à pragas, doenças e baixa fertilidade do solo.


No mês de novembro, durante dois dias, técnicos, pesquisadores e produtores de sementes participam do
curso de implantação da cultura do arroz de terras altas, que aconteceu no dia 17 no município de Água Boa (730 km a Leste de Cuiabá) e no dia 18, em Querência (945 km a Nordeste da capital). Na ocasião, foram abordadas ações para o desenvolvimento de tecnologias para viabilizar a cadeia produtiva do arroz no Estado e assegurar a oferta de grãos em quantidade e qualidade compatíveis com a exigência do mercado. O trabalho de pesquisa é  financiado pela Fapemat (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades, instituições de pesquisas, organizações e empresas ligadas a cadeia produtiva do arroz.

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