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Como anda o feijão pelo país

No Brasil a cultura tem até três safras por ter ciclo curto e se encaixar em uma janela menor


Foto: Marcel Oliveira

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou, em seu último boletim, que a safra de feijão no país será menor, com expectativa de colheita de 3 milhões de toneladas em uma área plantada de 2,9 milhões de hectares, volume cerca de 5% menor.

No Brasil a cultura tem até três safras por ter ciclo curto e se encaixar em uma janela menor. No feijão cores são esperadas 1,9 milhão de toneladas; no preto 500 mil toneladas e no caupi 686 mil toneladas. Na primeira safra, em andamento, devem ser 914,2 mil hectares e 1 milhão de toneladas. Veja como está o andamento pelo Brasil.

Feijão-comum cores

No comum cores a safra está em andamento no Sul e Sudeste. Em São Paulo, por exemplo, as primeiras lavouras já estão sendo colhidas, abastecendo o ercado consumidor nesse período inicial da temporada. De modo geral, as lavouras já implantadas de feijão-comum cores elo país ainda estão em desenvolvimento e enfrentando problemas climáticos com pouca chuva e altas temperaturas. 

Em Minas Gerais, o plantio está avançando com a chegada da chuva e deve haver aumento na área plantada. No Paraná, outro importante produtor do feijão-comum cores, as condições climáticas têm oscilado neste início do ciclo, apresentando períodos de escassez pluviométrica, que podem impactar no desenvolvimento da cultura.  Em Santa Catarina, o feijão-comum cores tem plantio mais tardio em comparação ao cultivo do feijão-comum preto. A semeadura está em fase inicial, com previsão de se estender até dezembro. No Rio Grande do Sul, a estimativa inicial é de manutenção da área plantada.

Na Bahia,os solos estão sendo preparados e a estimativa prévia é de manutenção da área plantada. Em Goiás, logo após o período de vazio sanitário, as primeiras regiões já
iniciaram o plantio e no estado manejo irrigado é bastante característico. Outras que se destacam na produção do feijão-comum cores na primeira safra e que estão fora do eixo Sudeste-Sul são: Distrito Federal, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Algumas dessas áreas estão em plena implantação das lavouras, enquanto outras ainda esperam o encerramento do período de vazio sanitário.

Feijão-comum preto

Nesta variedades a Região Sul é responsável por mais de 91% das áreas previstas. O Paraná é o grande destaque e as condições climáticas estão oscilantes desde o início e, atualmente, os registros de precipitações têm sido mais desconcentrados. A expectativa é que haja regularização das chuvas, e que as lavouras possam se desenvolver melhor durante as fases mais agudas do ciclo.

No Rio Grande do Sul, a semeadura está evoluindo.  A expectativa é de melhoria no rendimento médio em comparação à temporada passada. Em Santa Catarina, mais de 81% da área estimada para o plantio do feijão-comum preto nesta primeira safra está semeada. O clima tem se demonstrado fator importante ao estabelecimento das lavouras, pois a escassez de chuvas e as temperaturas elevadas têm prejudicado o desenvolvimento das plantas e podem influir no resultado final da safra.

Além da Região Sul, vale ressaltar o cultivo do feijão-comum cores nesse período em Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, mesmo que em áreas menores.

Feijão-caupi

Esse é um tipo de feijão que apresenta rusticidade bastante elevada, especialmente em relação à demanda hídrica, adaptando-se bem às condições de menor disponibilidade de água. Por isso, sua maior representatividade é na Região Nordeste e em áreas com características mais áridas no Centro-Oeste e no Sudeste (particularmente em Mato Grosso e Minas Gerais, respectivamente).

Nesta primeira safra, os maiores destaques ficam por conta do cultivo no Piauí e na Bahia, que, juntos, devem representar mais de 86% da área estimada para o plantio do feijão-caupi em todo o país. Ao todo, deverão ser mais de 387 mil hectares semeados com a cultura nesse período.

O plantio da cultura é, usualmente, mais tardio, se comparado ao feijão-comum cores e feijão-comum preto, e isso tem certa relação com o regime pluviométrico “diferente” encontrado nessas regiões produtoras. A tendência é que as operações sejam intensificadas a partir de novembro e dezembro, podendo se estender até o início do próximo ano em algumas localidades.

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