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Como fazer o controle integrado da Salmonela

Diversas espécies trazem contaminação para aves e danos para a saúde humana


Foto: Pixabay

A Salmonella sp. é um bacilo que infecta todos os animais, inclusive as aves e o homem. A bactéria é um dos maiores desafios da segurança alimentar e o setor avícola busca combatê-la para evitar as infecções alimentares. São mais de 2.500 espécies conhecidas.

Entre as mais conhecidas estão a Salmonella gallinarum e a Salmonella pullorum, causadoras de doenças clínicas nas aves, mas sem nenhum impacto na saúde dos seres humanos. Há ainda o grupo de salmonelas paratíficas, como, por exemplo, a Salmonella typhimurium e a Salmonella enteritidis, que, muitas vezes, são assintomáticas e não causam doenças nas aves, mas, quando contaminam a carne do animal, podem provocar infecções alimentares em humanos.

Além dessa gama enorme, outro fator que dificulta seu controle é a capacidade que essa bactéria possui de adaptar um mecanismo de invasão e penetrar na célula, conforme explica o Médico-veterinário e Gerente Técnico de Aves da Zoetis, Eduardo Muniz. “Uma vez em seu interior, permanece por lá escondida sem que seu hospedeiro consiga destruí-la por meio de mecanismos imunes. Isso explica a dificuldade do controle da salmonela por meio do uso de antibióticos”, diz.

O problema da salmonela tende a ser mais crítico em aves industriais, isso porque elas não tem contato com a mãe, o que aumentaria o sistema imunológico da ave.  Por isso se tornam importantes medidas de biossegurança, controle de reservatórios e boas práticas, alem de vacinas vivas.

As vacinas vivas contra a salmonela, além de protegerem contra o patógeno, ativam a imunidade inespecífica da ave. Em aves de postura comercial e de matrizes, em que a vacinação contra a bactéria é uma prática bastante comum, as cepas que promovem a proteção cruzada vêm ganhando cada vez mais espaço dentro do programa integrado.

“Os outros fatores que garantem a segurança e previnem a contaminação, que envolvem manejo de boas práticas, não podem ficar de lado. O controle integrado de toda a cadeia é a chave para o combate efetivo do inimigo”, finaliza Diniz. 
 

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